"Políticas de nepotismo do Presidente angolano"

O activista e jornalista angolano Rafael Marques e o embaixador itinerante de Angola António Luvualu de Carvalho protagonizaram um debate em Washington esta semana sobre Transparência, Direitos Humanos e Sociedade Civil em Angola.

Maka Angola.org

O activista angolano Rafael Marques questiona o facto de Angola ter um embaixador em Washington e precisar de enviar o embaixador itinerante para um debate sobre Transparência, Direitos Humanos e Sociedade Civil em Angola.

"O embaixador veio a Washington dizer que há 30 anos que se insultava Angola e, desta vez, Angola tinha decidido corrigir a situação enviando-o para debater comigo cá. O que é estranho é que Angola, tendo um embaixador em Washington e tendo um sector de imprensa em Washington, tenha de enviar alguém de Angola" concluiu Rafael Marques.

Questionado sobre a presença do embaixador itinerante nos Estados Unidos, o activista angolano responde que "são indivíduos incompetentes que nem sequer conseguem falar publicamente como é o caso do actual embaixador em Washington e então tem de se enviar mais um que, eventualmente, saiba falar para representar Angola. Aqui notamos as políticas de nepotismo, de incompetência porque o Presidente precisava de alguém em Washington que não vai criar boas relações com os Estados Unidos para que seja ele a controlar directamente. Envia um indivíduo altamente fraco, aproveita-se dessa situação e envia o embaixador itinerante para dizer que Angola continua a ser maltratado na arena internacional".

Numa altura em que a justiça angolana decidiu que os 17 activistas que estão a ser julgados por alegada preparação de um golpe de Estado contra o Presidente José Eduardo dos Santos vão continuar em prisão domiciliária.

O tribunal alega perigo de fuga e de continuidade da actividade criminosa. A defesa não aceita a decisão e vai apresentar recurso amanhã, segunda-feira 22 de Fevereiro.

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Activista angolano Rafael Marques