Activista angolano Nuno Dala em greve de fome há um mês
O estado de saúde do activista angolano Nuno Dala, um dos condenados pelo tribunal de Luanda no passado 28 de Março e em greve de fome há 29 dias, agrava-se dia após dia.
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Nuno Dala está em greve de fome desde o passado dia 10 de Março em protesto contra o facto de as autoridades lhe terem confiscado os seus bens na detenção, entre eles Bilhete de Identidade, cartão bancário, computador, impressora, telefone, documentos e livros. Os documentos bancários são os mais preocupantes já que garantem sustentabilidade financeira da família.
Gertrudes Dala tem visitado regularmente o irmão ao Hospital Prisão de São Paulo e testemunha que a "cada dia que passa ele vai piorando".
"Nós estamos a passar por necessidades em casa porque ele é nosso responsável, inclusive a filha dele de dez meses está doente e não há forma de resolver a questão de saúde por falta de meios financeiros", afirma Gertrudes Dala.
Há um mês em greve de fome, Nuno Dala sobrevive a soro que tem que ser levado pela família. O estado físico do activista está cada vez mais debilitado, encontra-se há várias semanas em cadeira de rodas. A família está muito preocupada com a situação - "é uma vida que está em perigo". O activista pediu assistência médica para lhe darem soro, que lhe foi negado pelo hospital-prisão em que se encontra.
A família do activista apela às autoridade prisionais, mas "não fazem absolutamente nada", descreve Gertrudes Dala - "já pedimos que fosse transferido da prisão de São Paulo para uma clínica para ser mais assistido porque a cada dia que passa ele está pior".
Nuno Dala tem 31 anos foi condenado a uma pena de prisão de quatro anos e seis meses, com outros 16 activistas, pelos crimes de “actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores”.
Gertrudes Dala
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