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Angola: Recandidatura do presidente "é um facto adquirido"

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José Eduardo dos Santos não quebrou o tabu sobre se vai voltar a candidatar-se ao cargo de presidente nas eleições gerais de 2017. Para Elias Isaac, director da Fundação Open Society em Angola, a recandidatura “é um facto adquirido” e o homem forte para a eventual sucessão em 2018 é o novo vice-presidente do MPLA, João Lourenço. Oiça aqui a entrevista ao nosso convidado do dia.

José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola. 17 de Agosto de 2016.
José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola. 17 de Agosto de 2016. REUTERS/Herculano Coroado
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Elias Isaac, director da Fundação Open Society em Angola, considera que o nome de João Lourenço para vice-presidente do MPLA "constitui uma surpresa" e que "é uma nova figura neste novo espaço político que está a criar muitas expectativas, nomeadamente em relação à sucessão de José Eduardo dos Santos".

Elias Isaac pensa que a recandidatura do actual presidente às eleições gerais de 2017 “é um facto adquirido”, defendendo que João Lourenço é um peso pesado na eventual sucessão de José Eduardo dos Santos em 2018 por ser "uma pessoa que granjeia apoio dentro e fora do MPLA".

Sobre a especulação à volta do nome de José Filomeno dos Santos, presidente do Fundo Soberano de Angola, para suceder ao pai, o diretor da ONG avisa que "Angola não está preparada para essa sucessão dinástica" e que "o Zénu não deu absolutamente nada por este país, está a beneficiar do esforço das outras pessoas e seria uma tragédia para o MPLA se isso acontecesse".

O director da Fundação Open Society em Angola apontou o dedo à nomeação de dois filhos do Presidente do país para o comité central do MPLA (José Filomeno dos Santos e Welwistchea "Tchizé" dos Santos) e disse que "com toda a certeza, se esses não fossem os filhos do presidente, nunca teriam conseguido chegar lá onde estão".

Sobre o discurso do presidente no VII Congresso ordinário  do MPLA, que evocou a prevenção de "eventuais acções subversivas", Elias Isaac comentou que "o governo é que tem o monopólio da força neste país".

Elias Isaac falou ainda sobre "os interesses económicos" dos representantes dos partidos portugueses que foram ao congresso do MPLA, em Luanda, e que os angolanos se habituaram a "congressos que não produzem absolutamente nenhuma nova agenda para este país".

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