Em Angola devido à queda dos preços do petróleo, principal fontes de divisas para o país, foi revisto o orçamento geral do Estado para 2016, que serà aprovado na segunda-feira no parlamento pela maioria absoluta do MPLA, depois de ter sido reprovado a 15 de Agosto pelos partidos da oposiçao UNITA, CASA-CE e PRS na sua discussão na generalidade.Este orçamento prevê entre outros que a inflação vai disparar de 11 para 38,5%, o serviço da dívida pública vai custar 32,4 milhões de euros por dia, enquanto o crescimento económico baixará para 1,1% do PIB, quando esta semana a revista Economist Inteligence aponta para apenas 0,6%.Estes alguns dos temas que abordamos com o economista angolano Carlos Rosado de Carvalho, que afirma que "a situação económica e financeira de Angola é grave, devido à excessiva dependência do petróleo...mas a curto prazo não é possível resolver os principais estrangulamentos da economia" e sugere que o país deveria rapidamente proceder à "desvalorização da moeda nacional e ao aumento da venda de divisas", que escasseiam no país, admitindo no entanto que o novo ministro das finanças Augusto Archer Mangueira não o fará, até porque "quem decide é o Presidente José Eduardo dos Santos".
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