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Lunda Norte acolhe desde Abril 15 mil famílias de refugiados congoleses

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A província da Lunda Norte, no nordeste de Angola, que tem mais de 700 kms de fronteira comum com a RDC (550 kms terrestres e os restantes fluviais) acolhe desde Abril segundo o ACNUR, cerca de 16 mil refugiados congoleses, entre os quais mais de 4 mil crianças, muitas delas, exaustas, desnutridas e afectadas por diarreias, malária e outras patologias.Segundo a ONU este conflito provocou cerca de 400 mortos e mais de 1 milhão de deslocados, muitos deles enterrados nas cerca de 40 valas comuns descobertas na região do Kasai.Manuel Pembele Mfulotoma é o director geral da Associação Juvenil para o Desenvolvimento Comunitário de Angola - AJUDECA - e gestor de programas de promoção da transparência na Lunda Norte, de onde regressou domingo passado (30/04).Ele admite que a situação é "alarmante" e constatou a presença de cerca de 15 mil famílias de refugiados congoleses, justificando esta "discrepância" com os números apontados pelo ACNUR, pela ausência de registo de todos os que atravessam a fronteira, designadamente através de "pontos de passagem clandestinos".Os refugiados fogem à violência provocada pelos conflitos politico-étnicos, que assolam as províncias do Kasai Central e Oriental e de Lomani, que opoem tropas governamentais às milícias armadas tribais "Kamuina Nsapu", do chefe tradicional Jean Pierre Mpandi morto em Agosto de 2016 pelas tropas congolesas.Estas milícias que contestam a manutenção no poder do Presidente Joseph Kabila, têm sido acusadas de recrutar centenas de crianças soldados.Angola reforçou desde 18 de Abril a presença policial e militar na fronteira da Lunda norte com a República Democrática do Congo temendo a entrada no país de bandos armados e o ACNUR pede ao país que não encerre as suas fronteiras com a RDC.  

ALEXANDER JOE / AFP
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