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Angola

Angola: CNE aceita auditoria ao ficheiro eleitoral

 A CNE aceitou fazer auditoria ao ficheiro electrónico eleitoral de cidadãos maiores, como previsto pela lei e reivindicado pela UNITA para garantir a transparência do processo eleitoral.

Angola: logótipo da Comissão Nacional Eleitoral
Angola: logótipo da Comissão Nacional Eleitoral CNE Angola
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Júlia Ferreira, porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral afirmou este sábado em reunião extraordinária em Luanda, que será efectuada uma auditoria ao Ficheiro de Cidadãos Maiores - FICM que contém os dados de 9.317.294 eleitores, habilitados a votar nas eleições gerais de 23 de Agosto.

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Avelino Miguel, correspondente em Luanda

Para tal será criada uma comissão de avaliação que vai criar as condições para a elaboração do concurso público, do qual resultará a escolha da empresa, que fará a auditoria e a respectiva solução tecnológica, para que os resultados sejam conhecidos no máximo até 30 dias antes da data das eleições gerais de 23 de Agosto.

Este pronunciamento surgiu no mesmo dia (4/06) em que a UNITA realizou manifestações a nível nacional e prometeu voltar a fazê-las, se a CNE não corrigisse as ilegalidades apontadas.

A UNITA denunciou a contratação por "adjudicação directa de duas empresas amigas do MPLA" um negócio no valor de cerca de 143 milhões de euros, que considera ser parte da "fraude eleitoral em curso" e pede agora a anulação dos respectivos contratos.

Trata-se das empresas SINFIC com sede em Portugal, que o principal partido da oposiçao acusa de ter ajudado o Ministério da Administração do Território a "fazer cadernos eleitorais incorrectos em 2012" e da espanhola INDRA, que segundo o principal partido da oposição "participou na fraude eleitoral de 2008, associada à empresa Valley Soft, controlada pela Casa Militar do Presidente da República".

Desde o fim de recenseamento eleitoral a 30 de Março, que a UNITA exige uma auditoria independente ao FICM, para garantir a transparência do processo eleitoral e corrigir algumas irregularidades detectadas, denunciando por exemplo o facto de "o número de eleitores inscritos no FICM ser inferior ao número ao de 2012, quando a população angolana aumento segundo o censo, muitos eleitores fizeram prova de vida, mas não obtiveram o recibo, podendo assim ter sido excluídos das listas, e ainda registo duplo de eleitores".

O Tribunal Constitucional entregou esta segunda-feira (5/06) à CNE cerca de 2.000 candidaturas, oriundas de cinco partidos MPLA, UNITA, FNLA, PRS e Aliança Patriótica Nacional e da coligação CASA-CE, habilitadas a concorrer às eleições gerais de 23 de Agosto, que por via indirecta vão eleger o Presidente da República, que será o cabeça de lista do partido vencedor.

 

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