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Angola

Angola: polémica em torno dos resultados

Foram actualizados hoje os resultados preliminares das eleições gerais do passado 23 de Agosto. Segundo a Comissão Nacional de Eleições, o MPLA alcançou 61,10% dos votos, a UNITA chegou aos 26% e a CASA-CE conquistou cerca de 9% dos quase 98% votos já contabilizados. Estes dados todavia não fazem a unanimidade, partidos de oposição referindo que para além de ter em mãos resultados diferentes, também consideram que certos procedimentos legais não foram respeitados.

Boletim de voto das eleições gerais angolanas
Boletim de voto das eleições gerais angolanas Lusa
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Em conferência de imprensa ontem à noite, depois do anúncio dos primeiros resultados, os Comissários Nacionais Eleitorais pertencentes à UNITA e à CASA-CE demarcaram-se dos resultados apresentados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE). Isaías Chitombe da UNITA fez questão de manifestar o seu "distanciamento" do processo.

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Comissário Nacional Eleitoral da UNITA, Isaías Chitombe

No mesmo sentido, a CASA -CE referiu hoje que para além de recusar validar os resultados provisórios das eleições gerais também declarou que não põe de parte para impugnar a votação. Já ontem à noite, o Comissário da CASA-CE Miguel Francisco, deu a entender que não se respeitou a lei neste processo.

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Comissário Nacional Eleitoral da CASA-CE, Miguel Francisco

Por seu turno, ao apelar a calma, o secretário do Bureau Político do MPLA para os assuntos políticos e eleitorais, João Martins, explicou que quando anunciou ontem a vitória inequívoca do MPLA, fê-lo porque já tinha a certeza de que o partido iria ter maioria absoluta. Este responsável disse ainda não compreender a reacção dos partidos que contestaram os resultados provisórios apresentados pela CNE.

00:57

Secretário do Bureau Político do MPLA para os assuntos políticos e eleitorais, João Martins

Refira-se ainda que após a divulgação dos primeiros resultados ontem, os partidos de oposição FNLA E PRS referiram preferir reservar o seu veredicto para o final do processo eleitoral, ou seja depois da divulgação dos resultados definitivos. Por seu turno, ao saudar o "clima pacífico" do escrutínio, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, sublinhou a importância deste processo terminar com “total transparência”.

Declarações recolhidas pela enviada especial a Luanda, Neidy Ribeiro.

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