Acesso ao principal conteúdo
ANGOLA

Angola: João Lourenço reformador como Deng Xiaoping

João Lourenço, cabeça de lista do MPLA, às eleições angolanas de 23 de Agosto, assume a sua determinação em reformar o país segundo o modelo de Deng Xiaopoing, não como o de Mikhail Gorbatchev.

João Lourenço aquando do seu voto em Luanda a 23 de Agosto de 2017.
João Lourenço aquando do seu voto em Luanda a 23 de Agosto de 2017. Foto: Reuters/Stephen Eisenhammer
Publicidade

De realçar que ainda não são conhecidos os resultados oficiais definitivos do escrutínio.

Porém vários estadistas como os chefes de Estado da Guiné-Bissau, da Rússia ou de Portugal já deram os parabéns a João Lourenço tendo como adquirido que ele se tornará no futuro presidente de Angola.

Facto criticado por sectores da oposição angolana, quando o apuramento prossegue, e também da sociedade civil.

João Lourenço deslocou-se a Espanha e, numa entrevista concedida à agência EFE, assumiu a sua intenção em reformar o país.

Mas isto num modelo como tivera na China Deng Xiaoping e não segundo o papel desempenhado por Mikhail Gorbatchev na antiga União soviética.

O também ministro angolano da defesa afirmou em Madrid estar em curso o processo de aquisição de aviões de vigilância marítima ao fabricante espanhol CASA com Angola a demonstrar interesse em proteger a fronteira Norte, com a República democrática do Congo e saudando o know how espanhol em relação a dispositivos de protecção de fronteiras, tanto marítimas como terrestres.

Nesta primeira entrevista a um órgão internacional após as eleições angolanas de 23 de Agosto João Lourenço admite que há que esquecer um pouco o petróleo, numa alusão à desejável diversificação da economia, fragilizada pela queda do preço do crude.

O candidato apontado pelo MPLA para o recente escrutínio promete rever a política de concessão de vistos que teria sido um obstáculo à promoção de investimentos, advoga a necessidade de apostar no turismo e alega ir respeitar as bases da economia de mercado.

João Lourenço alega que o país tem condições para se tornar numa grande potência agrícola, do tipo do Brasil e não descarta avançar com privatizações.

Aquele que poderia vir a suceder a José Eduardo dos Santos na presidência de Angola, caso os resultados oficiais definitivos confirmem a vitória do MPLA no escrutínio de 23 de Agosto, admite que a pobreza e a corrupção são ainda males do seu país.

João Lourenço alega assumir este desafio "com muita confiança, apesar das dificuldades".

Confira aqui um extracto da entrevista de João Lourenço à agência EFE.

01:04

João Lourenço, ministro angolano da defesa

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.