Angola: Oposição considera processo eleitoral "inconstitucional"
A oposição angolana considera os resultados eleitorais provinciais definitivos "inconstitucionais" e "ilegais". Numa declaração conjunta, UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA reclamam um novo escrutínio provincial, propõem a criação de uma comissão da sociedade civil e igrejas e deixam ainda em aberto a possibilidade de recurso a outras formas de luta.
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Numa declaração conjunta, lida em Luanda por Isaías Samakuva (líder da UNITA) UNITA, CASA-CE, PRS e FNLA reclamam um novo escrutínio provincial, propõem a criação de uma comissão da sociedade civil e igrejas para apurar a veracidade dos factos e aferir a justeza do processo e deixam ainda em aberto a possibilidade de recurso a outras formas de luta.
As quatro forças políticas reclamam um novo escrutínio provincial com base na lei e na Constituição da República de Angola. Propõem a criação de uma Comissão de Bons Ofícios de Sociedade Civil e das Igrejas para averiguar a veracidade dos factos e aferir a justeza do processo eleitoral.
Os líderes da oposição angolana sublinham ainda a possibilidade de outras “formas de luta previstas na constituição e na lei”.
Isaías Samakuva, líder da UNITA
De sublinha que a Aliança Patriótica Nacional (APN) é o único partido da oposição que não assina esta declaração.
Os resultados provisórios das eleições gerais de 23 de Agosto, divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral, dão vitória ao MPLA, com 61% dos votos, além da eleição de João Lourenço como próximo Presidente de Angola. A oposição não reconhece os dados divulgados pela CNE.
Avelino Miguel, correspondente em Luanda
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