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Angola

Activistas instam governantes a apresentar declaração de bens

Em Angola, vários elementos do grupo dos 15+2, que ficaram conhecidos como revus, entregaram esta quarta-feira uma petição, com mais de 600 assinaturas, junto da Procuradoria-Geral da República na qual instam os governantes a apresentarem as declarações de bens e rendimentos.

João Lourenço na tomada de posse como Presidente de Angola. 26 de Setembro de 1917.
João Lourenço na tomada de posse como Presidente de Angola. 26 de Setembro de 1917. AMPE ROGERIO / AFP
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Na petição que foi hoje entregue à Procuradoria- Geral da República é exigido que os governantes angolanos apresentem a declaração de bens e rendimentos.

Entre os subscritores está Luaty Beirão, Nito Alves, Mbamza Hamza, José Gomes Hata e Nuno Ávaro Dala, activistas do grupo 15+2 que ficaram conhecidos como revus. Os revus referem que a lei angolana é clara e impõe que no prazo de 30 dias, após a tomada de posse, os governantes devem entregar a declaração de bens e rendimentos à PGR e se tal não acontecer a instância deve actuar.

Todavia, os novos membros do executivo, recentemente nomeados pelo Presidente da República, João Lourenço, ainda não apresentaram as declarações dos rendimentos, em obediência à Lei de Probidade Pública.

Ainda de acordo com a Lei, os titulares dos departamentos ministeriais devem declarar títulos, acções ou qualquer outra espécie de bens e valores, localizados no país ou no estrangeiro.

Em declarações à RFI, Nuno Ávaro Dala referiu que o documento, com mais de 600 assinaturas, que foi hoje entregue à Procuradoria-Geral da República é um mecanismo que está previsto na lei angolana.

"A petição é apenas (...) o direito do cidadão recorrer a formas de protesto que fazem com que as autoridades cumpram com o seu papel e dessa forma salvaguardem o interesse nacional".

Nuno Álvaro Dala acrescenta que se a Procuradoria-Geral da República não tiver em conta as exigências da petição outros mecanimos, previstos na Constituição da República, serão accionados.

" Se a PGR fizer ouvidos de mercador, como tem sido habitual quando se trata de questões dessa natureza, nós iremos naturalmente recorrer ao mecanismo previsto na Constituição da República que é a manifestação. Um outro mecanismo que vamos utilizar será, naturalmente, a vigília".

 

Com a colaboração do nosso correspondente em Luanda, Frederico Daniel.

01:15

Nuno Alvaro Dala, activista angolano

 

 

 

 

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