Há precisamente 42 anos, a 11 de Novembro de 1975, Agostinho Neto concretizava o estabelecido no Acordo de Alvor, 10 meses antes e assim, neste dia, nascia a República Popular de Angola.Ficam histórias e entre elas a de um bolo. No jantar de celebração da Independência, no Palácio, Agostinho Neto terá recebido de presente um bolo em forma de mapa angolano. Agradeceu, mas disse-se incapaz de cortar o país.Numa altura em que decorre em Paris, a segunda edição da Feira Internacional de arte contemporânea e design africano Also Know As Africa (AKAA). Fomos descobrir entre os 38 galeristas, 150 artistas oriundos de 28 países, galeristas e artistas angolanos presentes nos Carreau du Temple.Qual o significado desta data para o director-geral da galeria angolana Espaço Luanda Arte (ELA), Dominick Tanner ? Esta foi uma das questões que lhe colocámos.Param além dos trabalhos de António Ole, Paulo Kapela, Sueki, encontramos o artista plástico luso-angolano Pedro Pires que expõe desenhos de fogo nos quais constrói figuras e a figura humana em movimento. O contraste entre a realidade de Luanda e Lisboa e as dificuldades de integração conduziram-no artisticamente a esta questão da identidade.This Is Not A White Club é uma jovem galeria angolana, criada há um ano, a responsável pelo projecto Sónia Ribeiro descreve a primeira presença nesta feira parisiense que representa obras de Ana Silva, Nelo Teixeira e Januário Jano.
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França: Os estudantes vão continuar a lutar pelos direitos dos palestinianos
À semelhança do que tem vindo a acontecer nas universidades norte-americanas, também os alunos franceses intensificam os protestos contra a operação militar israelita em curso na faixa de Gaza. Eduardo Cury, estudante brasileiro na Sciences Po Paris, participa neste movimento, aponta o dedo à postura do Ocidente, lembrando a “culpa” da não condenação ou do silêncio “em relação às atrocidades cometidas em Gaza”.01/05/202409:49 -
Angola na Coreia do Sul para diversificar economia
Terminou nesta terça-feira, 30 de Abril, a visita oficial de dois dias do Presidente de Angola à Coreia do Sul. Em Seul, João Lourenço foi recebido pelo homólogo sul coreano, Yoon Suk-yeol, e participou no Fórum Económico com vista ao reforço das relações bilaterais. Em entrevista à RFI, Sérgio Dundão, cientista político de Angola, fala das áreas de cooperação entre os dois países, sublinhado que Angola continua empenhada em diversificar os parceiros comerciais.30/04/202408:03 -
Declarações de Marcelo "devem trazer para a agenda política situação dos afro-descendentes"
O Presidente português defendeu que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado, e disse que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos” e que há que pagá-los. "Este debate é muito fácil de se fazer, transferindo de alguma forma a questão para a realidade dos países no continente africano. Creio que se deve aproveitar esta oportunidade para trazer para a agenda política nacional a situação dos afro-descendentes", defende Yussef, activista pan-africanista.29/04/202409:32 -
"História da reparação [do período colonial] é um debate absolutamente inadiável"
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou que Portugal deve liderar o processo de assumir e reparar as consequências do período do colonialismo e sugeriu como exemplo o perdão de dívidas, cooperação e financiamento. "A história da reparação do período colonial é inadiável", acredita António Pinto Ribeiro, programador cultural e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.29/04/202409:41 -
“Que força é essa” Sérgio Godinho?
Sérgio Godinho criou canções que são símbolos de liberdade e de resistência, mas não se revê na etiqueta de música de intervenção. Diz simplesmente que se limita a falar da vida. Nos 50 anos do 25 de Abril, convidámos o músico, cantor, compositor, poeta, escritor, actor, “homem dos sete instrumentos”, para falar sobre os tempos da ditadura, do exílio e da criação dos seus primeiros discos.27/04/202431:05