"Prevenção de conflitos será a prioridade de Angola"
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Africana elegeram esta manhã, à primeira volta, os membros do Conselho de Paz e Segurança da Organização. Da lista fazem parte dez países entre eles está Angola, Zimbabué, Marrocos, Djibouti, Ruanda, Guiné Equatorial, Libéria, Serra Leoa e Togo.
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O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, mostrou-se satisfeito com a eleição de Angola para membro do Conselho de Paz e Segurança da União Africana e sublinhou que a prioridade será a prevenção de conflitos. "Vamos partilhar a nossa experiência, particularmente, no que diz respeito à resolução dos conflitos e dando enfase à prevenção ", referiu.
O responsável pela diplomacia angolana salientou que "é um facto infeliz que África continue a ter na sua agenda questões de paz e segurança". Marrocos foi igualmente eleito para membro do Conselho de Paz e Segurança. De regresso, há um ano à família africana, Marrocos continua a negar o direito de autodeterminação à República Saharaui.
O ministro angolano das Relações Exteriores felicitou Marrocos pela eleição e falou das boas relações que existem entre os dois países, contudo reiterou que Angola desde sempre defendeu que o Sahara deve ser independente.
“Saudamos Marrocos, como saudamos todos os outros países que foram eleitos para o Conselho. Marrocos é membro da União Africana, tem direito a fazer parte dos seus órgãos, acreditamos que Marrocos vai trazer a sua experiência… Angola como sabe tem relações com Marrocos desde há muito tempo, mas Angola foi sempre da opinião que o Sahara deve ser independente”, acrescentou.
Manuel Augusto, ministro angolano das Relações Exteriores
As autoridades saharauis pediram, esta quinta-feira, apoio a Angola na resolução do diferendo que opõe o país a Marrocos.
Zimbabué, Djibouti, Ruanda, Guiné Equatorial, Libéria, Serra Leoa e Togo foram igualmente eleitos para membros do Conselho de Paz e Segurança.
Migrantes africanos na Líbia
A questão dos migrantes africanos na Líbia foi analisada esta sexta-feira. De regresso de Trípoli, a Comissária da União Africana para os Assuntos Sociais, a sudanesa Amira El-Fadil, anunciou esta sexta-feira que existem actualmente 700 mil migrantes africanos na Líbia. A responsável afirmou que 12 mil já foram repatriados para os países de origem, nas últimas seis semanas, contudo espera ainda poder repatriar mais 8 mil, ou seja, um total de 20 mil.
Nestas contas, a Organização Internacional das Migrações diz que mais de 423 mil migrantes, a maioria dos quais africanos,tentam atravessar o mediterrâneo para chegar à Europa.
O responsável pela diplomacia são-tomense, Urbino Botelho, reconhece a necessidade do continente criar condições para fazer da imigração uma opção e não uma necessidade.
“Torna-se necessário criar condições económicas nesses países para evitar que os cidadãos fujam em busca de melhores condições de vida. Apelamos à Líbia para colaborar com os restantes países do continente, no sentido de dar um melhor tratamento e esses refugiados económicos”, justificou.
Urbino Botelho, ministro são-tomense dos Negócios estrangeiros
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