Angola sofre nova baixa de notação financeira
A agência de notação financeira Moody's colocou nesta quinta-feira o “rating” de Angola sob revisão para descida devido à má postura da economia. Isto é, a notação denuncia a degradação da balança de pagamentos e necessidades de capital a injectar na petrolífera Sonangol.
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A Agência americana de notação financeira Moody’s, que estabelece o “rating” dos países, reviu em baixa o desempenho da economia angolana, apontando o dedo aos maus resultados das medidas macroeconómicas do Executivo do Presidente João Lourenço, nomeadamente, em relação à nova política cambial. Já, em Outubro de 2017, o “rating” de Angola tinha descido para B2, uma nota que desceu ainda mais agora, descrevendo Angola como um território de não recomendação de investimento ou de “lixo”.
A avaliação negativa da notação de risco do desempenho da economia angolana, confirma, segundo economistas, a deterioração da crise económica e financeira que enfrenta Angola. A baixa do preço do petróleo, não é o principal motivo do mau desempenho da economia angolana. Relevou-se, também, o elevado índice de corrupção, o desvio de fundos públicos e a gestão danosa das receitas do petróleo pela Sonangol, que contribuíram para a actual crise económica e financeira.
Nota-se, por outro lado, que o país investiu, nos últimos dez anos, milhões de dólares em infraestruturas económicas e sociais, na sua maioria construídas no âmbito da cooperação chinesa, que começam a degradar-se devido à má qualidade das obras.
Mais pormenores com Avelino Miguel, correspondente em Luanda.
Correspondência de Luanda
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