Angola: diálogo continua entre governo e SINPROF
Desde Segunda-feira, por iniciativa do sindicato dos professores SINPROF, está vigente uma greve do sector retomando reivindicações por satisfazer há cincos anos, nomeadamente a exigência da aprovação e implementação do estatuto da carreira docente assim como a actualização da categoria de professores. Ontem, representantes do governo e do sindicato estiveram reunidos durante mais de 7 horas e embora o encontro não tenha dado resultados concretos, o SINPROF mostra-se optimista quanto ao desfecho das negociações.
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Em entrevista com a RFI, o presidente do SINPROF, Guilherme Silva, reiterou que a sua formação pretende obter "um cronograma a curto prazo no sentido de ser aprovado o estatuto de carreira docente" e ao afirmar "acreditar que o governo está empenhado em encontrar uma solução", o sindicalista remeteu a Sexta-feira uma decisão sobre uma eventual suspensão do bloqueio.
Guilherme Silva não deixa contudo de manifestar o seu desagrado com as acusações de "falta de patriotismo" proferidas contra os professores grevistas e dá conta de detenções e outras tentativas de intimidações designadamente em Benguela, Huambo, Huíla e Bié, situações que o SINPROF pretende levar à justiça "depois do período da greve", indica o sindicalista.
De acordo com o presidente do SINPROF, esta greve cujo pré-aviso abrange 18 dias está a recolher mais de 95% de adesão, dados que "superam as expectativas" segundo afirma Guilherme Silva explicando esta mobilização pelo "grau de descontentamento "existente na classe docente.
Guilherme Silva, presidente do SINPROF
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