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Angola

Julgamento de Rafael Marques volta a ser adiado

O ex- Procurador-Geral da República de Angola João Maria de Sousa pediu um novo adiamento do julgamento dos jornalistas Rafael Marques e Mariano Brás. O julgamento estava marcado para 24 de Abril, mas voltou a ser adiado pela quarta vez.

Rafael Marques, jornalista e activista angolano
Rafael Marques, jornalista e activista angolano AMPE ROGERIO / AFP
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Rafael Marques fala em acto de cobardia por parte do queixoso. O ex- Procurador-Geral da Republica de Angola pediu um novo adiamento do julgamento dos jornalistas Rafael Marques e Mariano Brás.

“Desta vez ao fim do dia o ex- Procurador-Geral da República pediu para adiar novamente o julgamento porque estará em Portugal de férias, ou a passear. É um acto de cobardia porque é a quarta vez que ele pede para adiar o julgamento. Ele é o queixoso e está a fugir do julgamento. Por outro lado, é um acto de total desrespeito à justiça quando ele sabia de antemão que estaria em Portugal. O seu advogado concordou no dia 16 de Abril para que o julgamento tivesse lugar no dia 24, no local por ele escolhido na Procuradoria-Geral da República. Mais uma vez furta-se à responsabilidade de aparecer em tribunal”, explicou.

Rafael Marques fala ainda numa “manobra dilatória” e reitera que “as provas são evidentes”.

O jornalista reconhece ainda que se está perante um processo enviesado e politizado. “Se estivéssemos num país a sério, a juíza arquivaria o processo e mandar-me-ia em paz para casa. Mas como estamos num processo judicial totalmente enviesado e politizado, certamente será outra vez o Sr. João Maria de Sousa a dar ordens à juíza e a determinar o que deverá acontecer”, acrescenta.

Rafael Marques é visado por ter publicado em 2016 um artigo no seu portal de investigação jornalística Maka Angola, onde levanta suspeitas de corrupção pelo então na altura Procurador-Geral da República de Angola. A acusação, que abrange ainda o diretor do jornal angolano "O Crime", Mariano Lourenço, que republicou a notícia em causa, refere a "violação" de princípios da "ética e da deontologia profissional", que se traduzem em "responsabilidade civil, disciplinar e/ou criminal".

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Rafael Marques, jornalista e activista angolano

 

 

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