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Angola

Estado da Nação: João Lourenço e o combate à impunidade

O Chefe de Estado Angolano, João Lourenço, disse hoje durante o seu discurso no Parlamento Angolano que o tempo de graça acabou para os empresários com dinheiro ilicitamente domiciliado no exterior.

João Lourenço, Presidente de Angola.
João Lourenço, Presidente de Angola. John MACDOUGALL / AFP
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Na abertura do novo Ano Parlamentar, João Lourenço proferiu, esta segunda-feira, o discurso sobre o Estado da Nação com um balanço positivo da luta levada a cabo pelas autoridades policiais no combate ao tráfico e exploração ilegal de diamantes. Os resultados das medidas tomadas ainda não são visíveis para todos, porque carecem de tempo, mas o Chefe de Estado prometeu continuar a lutar contra a impunidade.

Angola pode vir a ser, nos próximos anos, uma referência em termos de transparência, desenvolvimento e bem-estar dos cidadãos em África e não só, declarou o Chefe de Estado.

03:01

Ganhos da diplomacia económica do Presidente Joao Lourenço

João Lourenço destacou a aposta na diversificação económica como "um imperativo nacional" e lembrou que, nas visitas que fez ao estrangeiro, obteve garantias de investimento e de financiamento da economia angolana no valor de 11.2 mil milhões de dólares, acrescidos de 579 milhões de euros além de outros investimentos privados directos.

"Fizemos uma verdadeira diplomacia económica", resumiu o Presidente angolano, lembrando as visitas a França, Alemanha e China e os apoios financeiros de Portugal e do Reino Unido, além da disponibilidade de linhas de crédito de várias instituições bancárias internacionais, que permitiram arrecadar financiamentos

O programa de financiamento adicional solicitado ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda em negociações, trará também credibilidade a Angola, facto que se torna ainda mais importante por não ter como garantia o petróleo, afirmou João Lourenço.

O Presidente angolano anunciou medidas para se pôr cobro à situação reinante

01:15

Extracto discurso Presidente João Lourenço

de “verdadeiro caos” e desordem que se regista com o fenómeno religioso em Angola, afirmando que não se deve permitir que algo “sagrado e de grande responsabilidade”, como a religião e o bom nome de Deus, seja banalizado, profanado e se torne num negócio das almas, sem regras e nem princípios.

O titular do poder Executivo apelou à intervenção de toda sociedade para o combate contra o fenómeno religioso ilegal. As igrejas ilegais vão começar a encerrar a partir de 3 de Novembro, consequência da decisão do goveno angolano de extinguir as plataformas ecuménicas no país para "normalizar o exercício da liberdade da religão, crença e culto".

Com a colaboração de Daniel Frederico, correspondente em Angola.

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