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ANGOLA

Angola: autocarros da TCUL parados de novo

Apenas 20 dos 80 autocarros da TCUL circularam nesta terça-feira, primeiro dia de uma greve que poderá passar de parcial a geral, caso os sete pontos do caderno de reivindicações dos trabalhadores não sejam atendidos pela direcção.

Greve na TCUL em curso desde 23 de Outubro de 2018.
Greve na TCUL em curso desde 23 de Outubro de 2018. RFI
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Desde 2015 que as greves têm sido cíclicas na Empresa de Transporte Colectivos de Luanda - TCUL - que desde 2017 tem uma nova administração.

75% dos autocarros estão paralisados desde terça-feira (23/10) e os mais de 1.700 trabalhadores deram um ultimato até sexta-feira (26/10) à administração da empresa para resolver os sete pontos que constam do seu caderno reivindicativo, caso contrário a paralisação passará de parcial a geral.

00:40

Octávio Francisco, coordenador do grupo sindical dos TCUL

De acordo com o coordenador do grupo sindical Octávio Francisco, os trabalhadores "estão abertos à negociação, para minimizar ou colmatar as dificuldades que os mais de 1.700 trabalhadores [estão a viver]...sete pontos que constam do nosso caderno reivindicativo, entre eles os atrasos regulares e permanentes dos salários, o reajuste salarial, pagamento dos subsídios de alimentação e diuturnidades, o pagamento da segurança social, que se implemente o qualificador ocupacional", mas também o seguro obrigatório contra acidentes de trabalho e doenças profissionais, grande parte destas reivindicações duram há mais de 36 meses segundo os trabalhadores ouvidos pela nossa reportagem.

A TCUL transporta diariamente cerca de 90 mil passageiros mas apenas 20 dos 80 autocarros estão a circular, nas rotas Capalanca/Primeiro de Maio, Vila de Cacuaco/Sequele, Sanatório/Benfica e Zango/Vila de Viana, o que prejudica seriamente os utentes.

01:00

Jesus dias dos Santos, porta-voz e director da comunicação da empresa TCUL

Jesus Dias dos Santos director de comunicação e imagem da TCUL reconhece que grande parte das reivindicações laborais duram há mais de 10 anos, afirmando que "os sete pontos reivindicados são uma herança de administrações anteriores e a situação actual da empresa não permite que se solucionem todos os problemas imediatamente. A prioridade têm sido os salários, cuja perda do poder de compra resulta de uma conjuntura que é global e ultrapassa a empresa...há todavia a vontade e empenho do conselho de administração para resolver as questões levantadas, o conselho de administração está aberto para o diálogo e apela ao bom senso da comissão sindical e ao espírito de patriotismo dos trabalhadores para um entendimento rápido".

Com a colaboração de Daniel Frederico, um dos nossos correspondentes em Angola.

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