Comboios de Luanda voltam a circular
Os comboios dos Caminhos de Ferro de Luanda devem voltar a circular já a partir de amanhã, sexta-feira. Um acordo entre os representantes sindicais dos trabalhadores da CFL e a entidade empregadora permitiu suspender a greve.
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Um acordo entre os representantes sindicais dos trabalhadores da Caminhos de Ferro de Luanda e a entidade empregadora terminou com a paralisação de duas semanas. O fim da greve foi confirmada por Augusto Ozório, responsável pela comunicação Institucional da Empresa.
“A comissão negociadora, em representação dos trabalhadores e administração dos Caminhos de Ferro de Luanda, chegou a acordo no ponto divergente que vai possibilitar, a partir de sexta-feira, o levantamento da greve”, referiu.
Augusto Ozório, responsável pela comunicação da empresa Caminhos de Ferro de Luanda
Lourenço Contreiras, porta-voz do sindicato dos Trabalhadores, garantiu que trata se apenas da suspensão da greve, que pode voltar a acontecer, dentro de 3 meses, se o acordo não for aplicada.
“Os comboios amanhã voltaram a circular na sua normalidade. Não está confirmada o levantamento da greve, vou confirmar a suspensão da greve hoje”, explicou.
Lourenço Contrereira, porta-voz do sindicato dos Trabalhadores dos CFL
Do caderno reivindicativo faziam parte 19 pontos, os grevistas reclamavam igualmente a melhoria dos subsídios de transporte, de instalação, alimentação e a implementação do seguro para o tratamento de doenças profissionais e de acidentes de trabalho.
Na altura a empresa mostrou-se incapaz de responder a estas exigências, alegando não beneficiar de condições financeiras para as reclamações.
A empresa dos Caminhos de Ferro de Luanda, que sobrevive com o apoio do Ministério das Finanças, vive actualmente dificuldades financeiras. A situação é ignorada pelos trabalhadores que acusam o Conselho de Administração de gestão danosa dos recursos financeiros disponíveis.
De acordo com os responsáveis dos Caminhos de Ferro de Luanda a empresa consegue se arrecadar por dia cerca 1 milhão e 500 mil kwanzas, pouco mais de 4,193 euros, em transportes de passageiros.
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