Moçambique desdobra-se para conseguir a extradição de Manuel Chang. A Comissão permanente da Assembleia da Republica de Moçambique aprovou a prisão preventiva de Manuel Chang a pedido do Tribunal Supremo. O documento foi aprovado com os votos da Frelimo, partido no poder. Renamo abandonou o local e MDM nem sequer compareceu.Tribunal Supremo acusa Chang de abuso de cargo ou funções; violação da legalidade orçamental; burla por defraudação; peculato; corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. Justifica este pedido de prisão preventiva com “receio de fuga e o arguido encontra-se fora do país, correndo-se o risco de não atingir os fins do processo, além do perigo de perturbação da instrução preparatória estando o arguido em liberdade”.O caso das dívidas ocultas de Moçambique começa a ganhar maior amplitude, a consultora EXX Africa veio denunciar uma possível ligação de João Lourenço, presidente angolano, ao caso. Através da Simportex, Luanda teria feito "um contrato de 495 milhões de euros para comprar barcos e capacidade de construção marítima à Privinvest”. Um contrato que em termos de formulação e conteúdo apresenta notáveis semelhanças com a ProIndicus e MAM.Sobre estes últimos desenvolvimentos do caso das dívidas ocultas e Manuel Chang, a RFI ouviu Michel Chaen, investigador no Centre les Afrique pour le Monde, em Bordéus.
Ver os demais episódios
-
Diomaye Faye representa “sede de mudança radical do povo senegalês”
É a primeira vez que um candidato da oposição vence as eleições presidenciais logo à primeira volta no Senegal. Esta segunda-feira, uma dezena de dias depois de ter sido libertado da prisão, Bassirou Diomaye Faye foi reconhecido como o vencedor, tanto pelo Presidente cessante, Macky Sall, quanto pelo principal adversário, Ahmadou Ba. É “uma surpresa” e “um sismo político” que mostra “uma sede de mudança radical do povo senegalês”, explica o analista político Oumar Dialló.26/03/202410:43 -
Atentado de Moscovo: " Daesh quer mostrar que reforçou capacidade de ataque"
O ataque de sexta-feira, 22 de Março, a uma sala de concertos nos arredores de Moscovo, que provocou pelo menos 137 mortos e mais de 180 feridos, foi reivindicado por um grupo filiado no Daesh e considerado o mais mortífero em solo russo os últimos anos. João Henriques, vice-presidente do Observatório do Mundo islâmico, considera que com este atentado o Daesh mostra à comunidade internacional que reforçou a capacidade de ataque.25/03/202407:27 -
Francisco Fanhais e os tempos da gravação de “Grândola Vila Morena”
Francisco Fanhais assumiu a música como uma forma de resistência à ditadura portuguesa e diz que “apanhou o comboio dos cantores que lutavam contra o regime”. Em 1971, esteve com José Afonso, José Mário Branco e Carlos Correia no Château d’Hérouville a gravar a música que ainda hoje é o emblema da "Revolução dos Cravos": “Grândola Vila Morena”. Francisco Fanhais recorda-nos esse tempo.12/03/202426:53 -
José Vieira volta aos “bidonvilles” portugueses contra amnésia colectiva
O cineasta José Vieira lança o seu primeiro livro, “Souvenirs d’un Futur Radieux”, no qual fala dos bairros de lata portugueses dos anos 60 e mostra que “a mesma história” se repete hoje com migrantes de outras nacionalidades. José Vieira quer acabar com o silêncio em torno da história dos portugueses em França, sublinhando que essa emigração foi um acto de resistência política e uma fuga em massa à opressão e à ditadura.22/03/202426:06 -
Angola: “As reivindicações são para a sobrevivência dos trabalhadores”
A Força Sindical União Nacional dos Trabalhadores de Angola, Confederação Sindical e a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola convocaram a greve-geral de três dias, exigindo o aumento do salário da função pública e do salário mínimo nacional e a redução do imposto sobre o rendimento do trabalho para 15%.21/03/202408:10