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Angola

Angola: dia de libertação da África Austral junta chefes de Estados da SADC

Decorreu hoje no Cuito Cuanavale a celebração do primeiro aniversário do Dia da Libertação da África Austral a 23 de Março.

Memorial no Cuito Cuanavale.
Memorial no Cuito Cuanavale. DanielFrederico/RFI
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O Chefe de Estado da Namíbia e de Angola presidiram o acto, à celebração do dia 23 de Março como data da Libertação da África Austral, numa cerimónia que contou com a presença dos chefes de Estados da região, da RDCongo, do Congo Brazzaville, da Namíbia e do Zimbabué e em que João Lourenço procedeu à condecoração de vários militares.

No "acto político" marcado na província angolana do Cuando Cubango, o chefe de Estado da Namíbia e Presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Hage Geingob, disse que “se não fosse o sacrifício dos filhos da terra, não haveria liberdade, vários participantes da batalha do Cuito Cuanavale, sacrificaram as suas vidas em busca da libertação da região e consequente independência da Namíbia, pelo que rendemos homenagem ao presidente Fidel Castro pelo apoio e de Angola” ocorrida há mais de 30 anos.

A SADC celebrou este sábado, em Angola, pela primeira vez, o Dia da Libertação da África Austral. A efeméride decorreu na localidade do Cuito Cuanavale, na província do Cuando Cubango, naquela que é considerada a maior batalha em África após a II Guerra Mundial e que, segundo a versão das autoridades de Luanda, levou à paz em Angola e abriu portas ao regime de segregação racial "apartheid" que então vigorava na África do Sul e à independência da vizinha Namíbia.

O "23 de Março" marca a data do fim da batalha do Cuíto Cuanavale, que decorreu entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988, que opôs os exércitos das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), do Governo, apoiados por Cuba, e das Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com apoio da África do Sul. Segundo João Lourenço que falava a margem do efeméride, “o fim da batalha marcou um ponto de viragem decisivo na guerra em Angola, incentivando paralelamente um acordo entre sul-africanos e cubanos para a retirada de tropas e a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram origem à implementação de uma resolução d Conselho de Segurança da ONU, levando à independência da Namíbia e ao fim do regime de apartheid”.

Para celebrar a efeméride, o Governo angolano convidou todos os chefes de Estado da SADC para uma cerimónia simbólica, estando presentes: Hage Geingob, Presidente da Namíbia, Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabué, Félix Tshisekedi, Presidente da RDC, e Denis Sassou-Nguesso, Presidente do Congo Brazzaville.

Ouça as declarações de João Lourenço, Presidente de Angola. Um som recolhido pelo nosso correspondente, Daniel Frederico.

02:08

João Lourenço, Presidente angolano

De notar que este evento foi criticado pela oposição que afirma que há uma instrumentalização do Governo.

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