Angola: Grevistas da EPAL acusam ministro
Em Angola, os grevistas da Empresa Pública de Água de Luanda (EPAL) acusam o ministro da Energia e Água de desvio deste recurso. A acusação foi feita em conferência de imprensa, esta semana, por António Martins, primeiro secretário da comissão sindical da EPAL.
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A greve na EPAL dura há quase dois meses e a entidade patronal e trabalhadores grevistas continuam sem entendimento.
Esta semana, os grevistas acusaram o ministro da tutela de estar envolvido num negócio ilícito de água. A acusação foi feita em conferência de imprensa por António Martins, primeiro secretário da comissão sindical da EPAL. O responsável afirmou que o ministro possui "girafas" (mecanismos para abastecimento das cisternas).
“Temos provas do número de girafas que está em posse do senhor ministro da Energia e da Água porque enquanto sindicalista temos feito inspecções e foi o próprio sobrinho - que tem a girafa em seu nome - a dizer “Isto é do ministro” no sentido de intimidar as pessoas a não fazerem muitas perguntas. No dia-a-dia, quando há algum problema nessas girafas, são gestores da Epal que dizem “Vão lá atender a situação da girafa do ministro porque está sem água. Fecham as válvulas desta e daquela zona para permitir que a água chegue até à girafa do ministro”, afirmou.
A greve na EPAL foi decretada a 28 de Março. Além de aumentos salariais, aumento do subsídio de alimentação e transporte, os grevistas pedem seguro de saúde para os trabalhadores e membros do seu agregado familiar.
Oiça aqui as declarações de António Martins, cedidas pelo nosso correspondente, Daniel Frederico.
António Martins, primeiro secretário da comissão sindical da EPAL
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