Decorre até sexta-feira, 14 de Dezembro, a COP24 em Katowice, Polónia. O objectivo desta cimeira do clima é criar o “livro de regras” para a implementação do Acordo de Paris, rubricado em Dezembro de 2015 na capital francesa. O Director-Geral do Ambiente de Cabo Verde lamenta a “falta de ambição” dos países desenvolvidos.
Os sinais são claros, o planeta está a aquecer e os fenómenos climáticos extremos são cada vez mais frequentes. Todavia, os cerca de 200 países aqui reunidos tardam numa resposta ambiciosa.
O Acordo de Paris prevê limitar o aumento da temperatura média global abaixo de 2 ºC em relação à era pré-industrial, mas o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), divulgado em Outubro passado recomenda limitar o aquecimento da Terra a manos de 1,5°C.
Alexandre Rodrigues, Director-Geral do Ambiente de Cabo Verde, sublinha a qualidade do documento firmado em Paris em 2015, porém sublinha a “falta de ambição” dos NDC’s (Nationally Determined Contributions - Contribuições Nacionalmente Determinadas) dos países desenvolvidos e o não cumprimento do financiamento prometido.
Em declarações à RFI, em Katowice, o Director-Geral do Ambiente de Cabo Verde reconheceu que os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos têm pouco peso para as decisões finais, mas defende que mesmo assim nesta “assembleia dos países, todos temos voz. Mesmo sabendo da dificuldade de impor a nossa voz, temos de o fazer, não podemos ficar calados”. Alexandre Rodrigues ressalva, que “os vários ganhos que têm tido devem-se à persistência do povo africano e dos pequenos estados insulares”.
O governante cabo-verdiano acrescentou, ainda, que é necessário que os países em desenvolvimento e menos desenvolvidos dêem “sinais claros e evidentes de que estão a trabalhar na mitigação e adaptação e a mobilizar os recursos internos para implementar também os compromissos”.
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