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Cabo Verde

Cabo Verde cria fundo soberano de 90 milhões de euros

Governo de Cabo Verde constituiu um Fundo Soberano de 90 milhões de euros para o financiamento de grandes projetos das empresas locais, com dificuldades de encontrar financiamento junto da banca.

Escudo, moeda de Cabo Verde
Escudo, moeda de Cabo Verde
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A criação do Fundo Soberano de 90 milhões de euros visa facilitar o acesso ao financiamento externo às empresas cabo-verdianas, com dificuldades em encontrar financiamento junto da banca comercial, permitindo-lhes acesso ao mercado externo bancário e de capitais para financiarem investimentos de maior envergadura.

O anúncio foi feito à imprensa pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, à margem da apresentação pública das Ofertas Formativas 2019, Estágios Profissionais e Oportunidades de Financiamento, que decorreu na cidade da Praia, na presença de mais de 80 empresários da região de Sotavento.

Olavo Correia disse que com a constituição do Fundo Soberano de 90 milhões de euros o governo está a criar as condições para que o empresariado nacional possa ter acesso ao financiamento para empreender e criar empregos.

01:13

Odair Santos, correspondente em Cabo Verde

"É nesse contexto que se encaixa a criação do Fundo Soberano, para promover o acesso ao financiamento por parte de grandes empresas cabo-verdianas, com projectos bem montados, bem elaborados, estruturados, ...vai ser um sistema de garantia que permitirá que  as empresas que reunirem determinadas condições do ponto de vista de risco, gestão e garantia em relação ao sucesso futuro,possam aceder a mercados internacionais, para financiar projectos em Cabo Verde, para criar empregos qualificados, bem remunerados e perenes para os jovens de todas as ilhas de Cabo Verde".

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia disse ainda que a composição do Fundo Soberano não vai ser com recursos do Estado, mas que o Governo já tem a estrutura montada para os 90 milhões de euros que constituem o referido Fundo, que deverá ainda ser aprovado numa das próximas sessões do Conselho de Ministros.

De recordar que em maio de 2018 o governo português analisou uma proposta do executivo cabo-verdiano, com vista à entrada da Caixa Geral de Depósitos no Fundo Soberano de Cabo Verde, o que suscitou vivas críticas por parte do PAICV, que pediu explicações sobre a proveniência das reservas internacionais para a constitução do referido Fundo.

O seu secretário-geral Julião Varela pediu explicações afirmando "como explicar que o governo autorize o INPS a entrar com 600 milhões de escudos (5,4 milhões de euros) no Afreximbank e vá pedir a Portugal que venha capitalizar o Fundo Soberano".

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