O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, efectua desde hoje e durante 3 dias uma visita a Cabo Verde, a convite do seu homólogo cabo-verdiano que assume actualmente a presidência rotativa da CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, até 2020.
Durante esta visita, os dois países assinam acordos nomeadamente para a promoção e proteção recíproca de investimentos no intuito de prevenir a evasão fiscal, a supressão de vistos entre os dois países estando igualmente na forja.
Um dos pratos fortes desta visita deverá, contudo, ser a questão dos Direitos Humanos. O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca declarou ainda hoje que esta problemática iria ser abordada.
Ao aderir à CPLP em 2014, a Guiné Equatorial adoptou uma moratória sobre a pena de morte mas nunca chegou a aboli-la, o que tem suscitado alguma impaciência por parte da Cidade da Praia como também de Lisboa.
No passado fim-de-semana, o chefe do governo português, António Costa condicionou a permanência da Guiné Equatorial no bloco lusófono à abolição da pena de morte, este país tendo sido igualmente questionado sobre a detenção na semana passada no Chade, de um dos principais opositores equato-guineenses Andres Esono Ondo.
Na óptica de Ana Lúcia Sá, investigadora do Centro de Estudos Internacionais do Instituto Universitário de Lisboa e observadora da realidade da Guiné Equatorial, este país não tem intenção de abolir a pena de morte, nem tão pouco introduzir alguma flexibilidade no seu regime político.
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