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Astrofísica

Descoberta de asteróide rico em água sugere vida fora do sistema solar

Pela primeira vez foram descobertos fragmentos de um imenso asteróide rico em água em um sistema estelar.  A revista americana Science publicou um estudo que demonstra que os dois elementos-chave para que um planeta seja habitado - água e corpo rochoso - foram encontrados fora do nosso sistema, no asteróide GD 161.Uma descoberta inédita que pode comprovar a existência da vida extraterrestre.  

A descoberta de um asteróide rico em água reforça a hipótese de uma vida extraterrestre.
A descoberta de um asteróide rico em água reforça a hipótese de uma vida extraterrestre. © M.A. Garlick (space-art.co.uk), Nasa, Esa, University of Warwi
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As observações anteriores dos astrofísicos em fragmentos de 12 planetas destruídos, fora do sistema solar, ainda não haviam detectado a presença de água.

Neste recente estudo realizado no departamento de Física da Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, pode-se ver o corpo rochoso GD 161 em órbita, de cerca de 90 km de diâmetro, situado a 170 anos-luz da Terra, equivalente a 9.460 bilhões de km. "Nesse estágio de sua existência, tudo o que resta deste corpo rochoso é poeira e fragmentos", comenta o professor Boris Gänsicke, um dos principais co-autores do estudo.

Segundo o físico, este "cemitério planetário" é uma fonte riquíssima de informações e os restos deste antigo asteróide revelam a existência de água. Foram detectados também outros elementos típicos de rochas como magnésio, silício, ferro e oxigênio.

"Os planeta rochosos, como a Terra, formam-se pela união de asteróides; o fato de se encontrar tanta água em um corpo celeste de grande dimensão significa que os materiais que formam os planetas habitáveis existiam ou ainda existem no sistema estelar GD 161 (classificação do sistema do asteróide em questão) e provavelmente em outros sistemas similares", explica o astrofísico Jay Farihi, do Instituto de Astronomia de Cambridge, principal autor da descoberta.

A hipótese é de que o asteróide GD 161 tenha sido um planeta anão (com as mesmas características dos planetas, mas bem menores), formado por 26% de água. Na sua vida anterior, foi uma estrela um pouco maior do que o Sol. Para os astrofísicos, há 200 milhões de anos seu "carburante" se esgotou e a estrela se tornou um planeta anão.

 

 

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