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França/Design

Morreu Andrée Putman, famosa designer francesa

Aos 87 anos, Andrée Putman deu o último suspiro em Paris, neste sábado. Ela revolucionou o dia a dia com seus objetos práticos e originais e decorou os mais elegantes hotéis, restaurantes e lojas. Ao lado do seu trabalho excepcional, sua personalidade vibrante e festeira também marcou toda uma época.  

Cartaz da exposição dedicada à obra de Andrée Putman na prefeitura de Paris, em 2011.
Cartaz da exposição dedicada à obra de Andrée Putman na prefeitura de Paris, em 2011. DR
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Andrée Putman nasceu em uma família da alta burguesia. Como toda boa moça que se preze, foi estimulada a ser pianista, tendo vencido o concurso de harmonia do Conservatório de Paris, cujo prêmio lhe foi dado pelo mítico compositor Francis Poulenc. Mas o espírito criativo e livre da jovem não suportou por muito tempo a severidade do mundo da música clássica e ela trocou as salas de concerto pela redação da revista de moda Femina, seu primeiro passo no mundo da moda.

O casamento com o marchand Jacques Putman fez Andrée conhecer muitos artistas e despertou sua paixão pela arte contemporânea, arte que ela decide levar ao maior número possível de pessoas. Em 1971, torna-se a diretora artística de "Créateurs et Industriels", fundada por Didier Grumbach, uma empresa que promove encontros entre criadores e industriais, que vai revelar um leque de jovens estilistas, entre eles, Jean-Paul Gaultier, Emmanuelle Khahn, Issey Miyake e Thierry Mugler. A empresa faliu em 1976.

Dois anos depois, divorciada e com novas ideias, Andrée Putman fundou "Ecart", empresa de design, e começou a decorar casas de amigos famosos como, por exemplo, o estilista Karl Lagerfeld. Em 1984, Rennée deu o passo que desencadearia sua fama internacional: decorou o Hotel Morgans, em Nova York, em um estilo incrivelmente minimalista que conquistou os americanos.

Em 1977 ela abriu a agência que leva seu nome e hoje é dirigida por sua filha, Olivia.

Personalidade

Elegante e dona de uma grande classe, Andrée Putman se definia como "uma curiosa exploradora em busca de novos territórios". Ela adorava misturar estilos, épocas, materiais, sempre inspirada pela luz e pelo espaço.

Alta, expressiva e carismática, ela gostava de vestir taiêres estruturados de Thierrly Mugler, trabalhar muito e ir a grandes festas. A palavra "aposentadoria" não fazia parte do seu dicionário.
 

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