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Cannes/Cinema brasileiro

Críticos comentam ausência de longas brasileiros em Cannes

Nenhum longa-metragem representa o Brasil na corrida da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes ou em mostras paralelas de prestígio, como a Quinzena dos Realizadores ou Um Certo Olhar. A participação brasileira fica restrita a dois curtas-metragens em mostras paralelas: “Pátio”, de Aly Muritiba, na Semana da Crítica, e “Pouco Mais de um Mês”, de André Novais Oliveira”, na Quinzena dos Realizadores. Outras produções nacionais estarão presentes em eventos paralelos, como o “Court Métrage-Short Film Corner” e no Marché du Film (mercado).

"O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro em 1962.
"O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro em 1962. Wikipédia
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Os críticos Carlos Alberto Mattos e Pablo Villaça comentam a falta de longas brasileiros no festival de cinema de Cannes

Para Carlos Alberto Mattos, crítico e pesquisador de cinema, editor da revista FilmeCultura, sobre cinema brasileiro, a presença restrita do Brasil em Cannes pode ter várias explicações. Uma delas é a segmentação da produção brasileira, entre cinema comercial, sem expressão internacional, e o filme de autor, que muitas vezes fica restrito a um circuito paralelo, sem o porte que interessa a festivais como o de Cannes.

Já o crítico Pablo Villaça, do portal Cinema em Cena, acha a ausência de longas do Brasil reflete muito mais a falta de visão dos programadores do festival do que problemas na produção nacional.

Prêmios

A participação mais memorável do Brasil no festival francês foi em 1962, quando “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte, levou o prêmio principal, a Palma de Ouro. A história, de Dias Gomes, tinha nos papéis principais: Leonardo Vilar, Glória Menezes e Dionísio Azevedo.

Antes disso, “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, foi escolhido como melhor filme de aventura em 1953. Glauber Rocha recebeu vários prêmios: da Crítica Internacional, por Terra em Transe, em 1967; de melhor direção, em 1969, por “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”; e prêmio especial do júri pelo curta “Di Cavalcanti”, em 1977.

Duas atrizes brasileiras levaram a Palma de Ouro de interpretação: Fernanda Torres, por “Eu Sei que Vou Te Amar”, de 1986, e Sandra Corveloni, por “Linha de Passe”, de 2008.
 

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