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Brasil/Cinema

Filme brasileiro O Som ao Redor estreia na França com elogios da imprensa

O filme brasileiro O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, estreia nesta quarta-feira (26) em mais de dez salas de cinema na França. A produção, que já foi elogiada no circuito internacional, foi recebida com crítica positiva por quase todos os jornais franceses.

O filme O Som ao Redor estreia na França com o título de "Les Bruits de Recife" (Os Barulhos de Recife)
O filme O Som ao Redor estreia na França com o título de "Les Bruits de Recife" (Os Barulhos de Recife)
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Com o selo de “Excelente”, Le Monde coloca o filme na categoria mais alta de seu ranking do caderno de cultura. O jornal francês traz, em dois textos distintos, uma análise de O Som ao Redor e uma entrevista com seu diretor.

16:40

Entrevista com o Kleber Mendonça Filho

Com o título “Ecos fantasmas da paranoia brasileira”, a crítica tece vários elogios à obra de Kleber Mendonça Filho. O texto explica como o cineasta resumiu na tela o sentimento de insegurança que tomou conta de parte da população brasileira que, “protegida por seus carros ou atrás dos muros, se agarra com determinação a um status de prisioneiros voluntários”.

A jornalista Noémie Luciani, que assina a crítica, não poupa adjetivos entusiasmados. Para ela, ao optar por uma ficção em um tema que poderia ser abordado como um documentário, Mendonça Filho consegue se aproximar dos espectadores, que se sentem como se estivessem sendo “perseguidos pelos espectros sonoros”. Segundo ela, O Som ao Redor vale tanto pelo retrato que traz da sociedade quanto por suas qualidades cinematográficas raras, “em uma surpreendente aliança de inventividade e rigor”.

Os elogios continuam na entrevista publicada na mesma página pelo Le Monde, na qual o jornalista Aureliano Tonet explica as referências de Mendonça Filho, que vão do antropólogo Gilberto Freire ao documentarista Eduardo Coutinho, assassinado no dia 2 de fevereiro. O texto também traça o percurso do diretor, que é apresentado como um dos membros “mais vibrantes” da nova geração de cineastas de Recife.

Luta de classes em Recife

Libération diz que O Som ao Redor é notável. O comunista L'Humanité ressalta que o longa, sobre a vida ordinária de uma rua tranqulia de Recife, é sombrio e fala da diferença de classes no Brasil, ou melhor, da luta de classes. Le Figaro escreve que Som ao Redor, uma mistura de thriller e análise social, é um primeiro "filme intrigante que utiliza com talento as elipses para revelar os enigmas inquietantes do cotidiano".
 

 

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