Morre a sul-africana Nadine Gordimer, Nobel de Literatura
A morte da escritora sul-africana Nadine Gordimer, prêmio Nobel de Literatura em 1991, foi anunciada nesta segunda-feira (14). Ela morreu na véspera, aos 90 anos, de câncer no pâncreas. Nadine foi uma das principais vozes contra o regime de segregação racial, o apartheid, na África do Sul.
Publicado a: Modificado a:
A situação social em seu país foi tema recorrente em boa parte de seus mais de 30 livros. Em 1974, Nadine Gordimer ganhou o conceituado Booker Prizer, para livros em inglês. A fama mundial veio com o romance “A Filha de Burger”, de 1980.
No Brasil, a editora Companhia das Letras publicou seis obras da escritora: "Ninguém para me acompanhar", "A arma da casa", "O engate", "De volta à vida", "Beethoven era 1/16 negro" e "O melhor tempo é o presente".
Mandela
Em 2006, a escritora foi escolhida para premiar Nelson Mandela (1918-2013) com a distinção “Embaixador da Consciência”, atribuída pela Anistia Internacional. "Mandela foi e é um revolucionário no melhor sentido da palavra", afirmou na época. Ela destacou a independência intelectual de Mandela e sua aversão ao "politicamente correto".
Nadine Gordimer nasceu em 20 de novembro de 1923, filha de pai judeu da Lituânia e mãe cristã inglesa. Criada em uma cidade da pequena burguesia nos arredores de Johannesburgo, ela começou a escrever aos 15 anos. Seu engajamento pela causa social dos negros fez com que seu trabalho fosse censurado pelo governo de Pretória. A escritora era casada com um proprietário de antiquário e tinha três filhos.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro