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Suíça/clima

Representantes internacionais se reúnem em Genebra para discutir acordo sobre clima

Os negociadores internacionais de 195 países iniciaram neste domingo (8) em Genebra as reuniões para a elaboração do texto do futuro acordo sobre o clima, que deverá ser negociado e ratificado na Conferência para o Clima de 2015, em dezembro, em Paris. O documento, que será apresentando no dia 13 de fevereiro, substituirá o protocolo de Kyoto e deverá entrar em vigor em 2020.

O ano de 2014 foi o mais quente da história da Terra
O ano de 2014 foi o mais quente da história da Terra Reuters
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O objetivo do novo acordo é limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2°. Uma primeira versão do texto já havia sido elaborada durante a confererência de Lima, a COP 20, em dezembro de 2014. As discussões que começaram hoje devem durar uma semana."Devemos trabalhar com um senso ainda mais apurado de urgência", disse o ministro do meio-ambiente peruano Manuel Pulgar Vidal na abertura do encontro, citando o último relatório do grupo de especialistas da ONU para o clima.

Os dados mostram que o ano de 2014 foi o mais quente da história do planeta. "Nosso compromisso comum é produzir nesta semana um texto de negociação do acordo, um documento mais claro e preciso", declarou o ministro peruano, fazendo um apelo: "Peço a todos que trabalhem com eficiência. Não estamos competindo entre nós".

Ele também pediu aos países que superassem as dificuldades políticas que bloqueiam o acordo. Um dos principais pontos de divergência é o limite de emissão de gases poluentes. Os países em desenvolvimento, como a Índia e a China, defendem que as nações mais industrializadas arquem com um ônus maior, já que poluem a atmosfera há mais tempo.

Neste contexto, o grande desafio dos negociadores será o de obter um compromisso comum que desbloqueie o processo e permita a adoção urgente de medidas para atenuar o aquecimento global, levando em conta as exigências dos países emergentes. Sem esse acordo, e a obtenção de uma temperatura global de apenas 2° em relação à era pré-industrial, os cientistas da ONU prevêem consequências desastrosas para a natureza e as regiões mais pobres.

Emergentes pedem mais financiamento

O texto que está sendo discutido nesta semana será apresentado em 13 de fevereiro. A África do Sul, representando diversos países em desenvolvimento, também pediu aos países ricos mais financiamento para a implementação de programas contra as consequências das mudanças climáticas. O objetivo é que sejam alocados mais de U$ 100 bilhões por ano até 2020.
 

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