Fraude no banco UBS esconde nova bolha financeira, diz Le Monde
Por trás da fraude realizada por um corretor do banco UBS se esconde uma nova bolha financeira, alerta, nesta segunda-feira, artigo do jornal francês Le Monde.
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Segundo o jornal, a fraude de 2,3 bilhões de dólares, atribuída à ação do corretor Kweku Adoboli, demonstra que os bancos de investimentos são incapazes de controlar o "gerenciamento, negociação e detenção" de produtos financeiros complexos, como os negociados pelo trader detido na última quinta-feira, em Londres.
Os chamados ETFs são fundos de índice, isto é, fundos que replicam os mais variados índices de mercado e têm cotas negociadas em bolsa. Para o Le Monde, esses produtos não são tão transparentes e simples como afirmam os vendedores dos chamados ETFs.
Além do mais, a "concentração do mercado e a falta de relação com a economia real" são sinais que indicam investimentos de risco. Outro problema, a falta de regulamentação, resultado de um lobby financeiro forte.
"Por todas essas razões", diz o Le Monde, os ETFs reúnem todas as características de uma bolha financeira. Uma explosão dessa máquina infernal não pode ser descartada, diz o Le Monde.
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