Governo espanhol reage ao rebaixamento da nota do país
O governo espanhol vê o novo rebaixamento da nota soberana do país, como uma decisão contraditória, uma vez que a agência americana de classificação de risco Moody's havia publicado um comunicado positivo, logo após a reforma constitucional aprovada pela Espanha, no mês de setembro. A partir de então, a Constituição espanhola passou a integrar uma cláusula de estabilidade orçamentária.
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As obrigações espanholas de longo prazo passam, nesta quarta-feira, a ter nota Aa2 ao invés de A1, com perspectiva negativa, o que equivale à quinta melhor nota na escala da agência. A queda foi baseada na estimativa de que o país continua vulnerável à tensão dos mercados e terá um crescimento econômico menor que o previsto pelo governo no ano que vem.
A Moody's teve um julgamento mais duro do que suas concorrentes, Standard and Poor's e Fitch, que ainda atribuem à Espanha a quarta melhor nota em seus rankings de risco.
As autoridades espanholas reafirmaram seu compromisso com a consolidação fiscal e com reformas estruturais. O Ministério da Economia espanhol declarou em um comunicado estar «surpreso» com a queda da nota do país, apenas alguns dias antes da reunião do Conselho Europeu, que acontece neste domingo em Bruxelas, na Bélgica.
O objetivo do encontro de dirigentes é buscar saídas para a crise da dívida, agravada por essa má notícia para a Espanha e pelo início nesta quarta-feira da greve de 48 horas na Grécia, já tida como a mais importante dos últimos anos no país. A economia grega é a mais atingida pela crise econômica que assola a zona do euro.
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