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França/ economia

Após férias, Hollande promete planejamento estratégico até 2025

Diante da crise econômica, que dá seus primeiros sinais de superação, o governo francês não perdeu tempo e, antes do final das férias de verão, anunciou hoje um plano estratégico de preparação do país para os próximos 10 anos. Enquanto a maioria dos franceses ainda não retornou ao trabalho, a equipe do presidente François Hollande prometeu respostas, até o final do mês, para os três problemas mais “urgentes” do país: o orçamento de 2014, as aposentadorias e o desemprego.

O presidente francês ,François Hollande (e), e o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, no Palácio do Eliseu nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013.
O presidente francês ,François Hollande (e), e o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, no Palácio do Eliseu nesta segunda-feira, 19 de agosto de 2013. REUTERS/Benoit Tessier
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“O governo vai trazer estas respostas até o final deste mês”, prometeu Hollande, durante o seminário “A França em 10 anos”, que marcou o retorno das atividades na presidência, no palácio do Eliseu. Neste ano, o presidente e o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, tiraram apenas uma semana de férias, enquanto o restante do governo foi autorizado a repousar por somente 15 dias.

Apesar da notícia de que a França saiu da recessão, ao registrar 0,5% de crescimento no segundo trimestre, os desafios permanecem pesados: o desemprego bate o recorde de 10,6%. Mas além destes imediatos, Hollande quis traçar as prioridades para o país até 2025, que segundo ele são “a soberania política, diplomática e militar “, “a excelência” da indústria, dos serviços, do sistema de proteção social e ambiental e “a unidade” das aposentadorias, o emprego, a luta contra as desigualdades e a exclusão.

Essa estratégia, conforme o presidente, vai permear cinco objetivos: “utilizar plenamente as condições demográficas”, “ganhar a batalha da globalização”, “realizar a transição energética e ecológica”, “fazer do território uma alavanca ao desenvolvimento” e “incluir todos os cidadãos na República”. Os ministros também demonstraram otimismo. O da Economia, Pierre Moscovici, disse achar “realista” a hipótese de o país voltar a ter pleno emprego em 2025, quando a França terá “redescoberto a sua soberania orçamentária”.

Em contrapartida, a oposição acusou o governo de ingenuidade. “Neste novo mundo, uma mistura de “Cândido” [de Voltaire] e Orwell, esta nova França será marcada por zero desemprego, zero desabrigados, zero insegurança, zero problemas prisionais, judiciais ou de poder aquisitivo”, ironizou Roger Karoutchi, vice-presidente da UMP, o principal partido opositor.

 

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