Acesso ao principal conteúdo
Rússia/ Brics

No G20, Brics vão debater criação de fundo comum de divisas

Durante a cúpula de chefes de Estado e de Governo do G20, que se inicia na quinta-feira em São Petesburgo, os países emergentes que formam o grupo Brics (Brasil Rússia, Índia, China e África do Sul) vão debater a criação de um fundo conjunto de reservas, nas moedas nacionais, para se protegerem da volatilidade do mercado de câmbio. A informação foi divulgada pelo ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, comentou sobre as parcerias entre os Brics.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, comentou sobre as parcerias entre os Brics. REUTERS/Maxim Shemetov
Publicidade

Os presidentes destes países vão se encontrar na abertura do evento. “Nossos dirigentes vão examinar a adoção de objetivos determinados na cúpula de Durban, em março [durante a Cúpula dos Brics], como a criação de um banco de desenvolvimento dos Brics e a criação de um fundo conjunto de divisas”, declarou Lavrov, durante uma coletiva de imprensa transmitida pela televisão.

Este fundo “vai nos permitir lutar contra a influência negativa das flutuações dos mercados de câmbio nas nossas economias”, explicou o chanceler russo. Por comunicado, a presidência sul-africana também sublinhou que o encontro dos dirigentes dos Brics seria consagrado “ao novo banco de desenvolvimento e ao mecanismo do fundo de divisas”.

Os países emergentes, Índia e Brasil à frente, enfrentam uma forte desvalorização de suas moedas desde o início do ano, com os investidores se voltando para os Estados Unidos na expectativa de um aumento das taxas de juros na primeira economia mundial. Os bancos centrais de alguns países têm comprado em massa moeda local, usando suas reservas de divisas internacionais (sobretudo dólar e euro), para defender seu valor.

Os Brics concordaram em março em Durban, na África do Sul, com o princípio de criação de um banco de desenvolvimento comum destinado a financiar os investimentos e se livrar da dependência do Banco Mundial. O banco contaria com 50 bilhões de dólares em capital, mas a resolução de detalhes "difíceis" – como com quanto cada país contribuiria - pode levar meses, disse o vice-ministro das Finanças russo, Sergei Storchak.

O processo de criação do banco de desenvolvimento destinado a fornecer fundos para projetos de infraestrutura tem sido lento, com discordância prolongada sobre o financiamento e a gestão da instituição. "Devemos assumir que o banco não vai começar a funcionar tão rápido quanto se poderia imaginar", afirmou Storchak. "Vai levar meses, talvez um ano."
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.