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G20/BRICS

BRICS confirmam fundo de reservas emergenciais de $ 100 bilhões

Os países que integram os BRICS, grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, vão alimentar com 100 bilhões de dólares o fundo de reservas emergenciais, destinado a estabilizar o mercado internacional de câmbio. Os líderes dos BRICS se reuniram na manhã desta quinta-feira, 5 de setembro de 2013, antes da abertura da cúpula do G20, e pediram às potências industrializadas para "agir com prudência" diante da desvalorização cambial provocada por suas políticas monetárias.

Líderes dos BRICS se reuniram antes da abertura da cúpula do G20 nesta quinta-feira, 5 de setembro de 2013.
Líderes dos BRICS se reuniram antes da abertura da cúpula do G20 nesta quinta-feira, 5 de setembro de 2013. REUTERS/Sergei Karpukhin
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O anúncio sobre o fundo de reservas dos BRICS foi feito durante entrevista coletiva concedida pelo vice-ministro chinês de Finanças, Zhu Guangyao, e pelo ministro russo de Finanças, Serguei Storchak. Eles confirmaram que o fundo de reservas emergenciais, proposto no ano passado pelo bloco, será de 100 bilhões de dólares. O montante é muito inferior aos $ 240 mil pensados inicialmente.

A China, que possuiu a maior reserva cambial do mundo, será o maior contribuinte, afirmou Zhu Guangyao hoje em São Petersburgo. A potência asiática vai contribuir com $ 41 bilhões. Brasil, Rússia e Índia com $ 18 bilhões cada. E, completando o fundo, a África do Sul, com $ 5 bilhões.

No entanto, o ministro chinês disse que politicamente os países estão prontos para lançar o fundo, mas tecnicamente ninguém sabe ainda como ele vai funcionar. Os dirigentes não sabem quando o instrumento, que deve ajudar a estabilizar as moedas de potências emergentes, será operacional.

Com a perspectiva de mudanças na política monetária do Fed, o Banco Central Americano, moedas de países emergentes, como o real brasileiro ou rúpia indiana, foram desvalorizadas diante do dólar. O ministro chinês considera “essas dificuldades de alguns integrantes dos BRICS temporárias e são antes de tudo dificuldades em termos de balanço de pagamentos internacionais.”

Os dois dirigentes também lembraram que os BRICS lançaram um projeto de banco de desenvolvimento, que terá um capital inicial de $ 50 bilhões, mas que ainda não saiu do papel.

Reunião dos BRICS em São Petersburgo

Os cinco líderes dos BRICS estão na Rússia para a cúpula do G20 e fizeram essa manhã uma reunião. A presidente brasileira Dilma Rousseff, o anfitrião Vladimir Putin, o chinês Ji Xinping, o primeiro-ministro indiano Manhoman Singh e o líder sul-africano Jacob Zuma participaram do encontro, em São Petersburgo. O objetivo das discussões do bloco antes da abertura do G20 foi afinar o discurso dos BRICS e lembrar a responsabilidade dos países ricos na instabilidade atual e desvalorização cambial enfrentada pelos emergentes.

Eles pediram às potências industrializadas "para agir com prudência diante das consequências negativas de suas políticas monetárias. O comunicado do grupo também pede que "as potências mundias e o G20 multipliquem suas ações para apoiar a economia mundial e dar confiança aos mercados."

A presidente Dilma não quis falar com a imprensa após o encontro. Ela disse que vai se pronunciar apenas na sexta-feira à noite, após o encerramento da cúpula do G20.
 

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