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Brasil/Crescimento

OCDE abaixa previsão de crescimento para o Brasil

A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) abaixou nesta terça-feira, 19 de novembro de 2013, suas previsões de crescimento mundial, "em grande parte devido às perspectivas degradadas em vários países emergentes". O Brasil está emergindo de um período de crescimento lento e está em "vias de expansão", segundo a OCDE, que no entanto abaixou as perspectivas de crescimento da maior economia latino-americana.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) reduziu sua previsão de crescimento para o Brasil, mas diz que o país está "em vias de expansão".
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) reduziu sua previsão de crescimento para o Brasil, mas diz que o país está "em vias de expansão". Marcelo Camargo/ Agência Brasil
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Os economistas da organização preveem um crescimento de 2,5% para o Brasil em 2013 (contra 2,9% em sua previsão de maio) e de 2,2% em 2014 (contra 3,5% na estimativa anterior).

Como o produto interno bruto brasileiro havia crescido em 2012 somente 0,9%, a OCDE constata que, apesar das previsões serem mais pessimistas, a economia brasileira "está saindo de um período de crescimento lento e se encontra em vias de expansão".

"Os investimentos e as exportações líquidas (...) voltaram a emergir como a maior fonte de crescimento" do Brasil, indica a OCDE em seu relatório sobre perspectivas econômicas divulgado nesta terça-feira em Paris.

Diante do medo de que os Estados Unidos acabem com suas políticas de estímulo monetário, o Brasil - como muitos outros países emergentes - foi afetado pelas turbulências nos mercados de capitais. Em consequência, o real "foi desvalorizado, mas as injeções de liquidez em dólares pelo Banco Central demonstraram que o Brasil é capaz de confortar as expectativas dos investidores, inclusive em um contexto de mudanças no ambiente internacional" econômico, defende a OCDE.

No entanto, a organização destaca que uma necessária "melhoria da produtividade" requer que se encontrem soluções para "os altos custos do trabalho, o baixo nível de capacitação, a excessiva burocracia e as barreiras ao comércio internacional".

"O consumo privado continuará sendo próspero" em um contexto de "baixo desemprego e salários solidamente orientados em alta". No que diz respeito ao comércio exterior, as exportações brasileiras continuarão aumentando graças à sua moeda desvalorizada e a uma melhoria da demanda global", aposta a OCDE.

"Os investimentos estão se recuperando, e essa tendência deve se manter", mas é crucial que seja mantida "a confiança nas políticas macroeconômicas", e para isso se requer "uma política fiscal clara" e um "controle" das persistentes pressões inflacionárias, argumenta a organização que reúne 34 países, a grande maioria deles do mundo desenvolvido.

"As turbulências nos mercados internacionais, associadas a um possível endurecimento da política monetária nos Estados Unidos, poderiam provavelmente afetar o Brasil. No entanto, o país possui instrumentos para reduzir esses riscos, entre eles suas grandes reservas cambiais", assegura a OCDE.

A organização prevê um crescimento mundial de 2,7% este ano, 3,6% no ano que vem e 3,9% em 2015, de acordo com seu relatório anual de conjuntura. Em maio, em suas últimas previsões, a OCDE havia anunciado 3,1% em 2013 e 4% em 2014.

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