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Portugal/crise

Portugal anuncia saída «limpa» do programa de resgate

O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, apresentou neste domingo (4) ao país o modelo de saída do programa de assistência econômica e financeira. Há três anos, o governo português teve que se submeter aos ajustes impostos pelos credores internacionais, a temida troika formada pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Banco Central Europeu e pela Comissão Europeia.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. REUTERS/Rafael Marchante
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O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou hoje que Portugal sairá do programa de assistência da troika, que expira no próximo dia 17 de maio, sem recorrer a qualquer linha de crédito cautelar. “O governo decidiu que sairemos de programa de assistência sem recorrer a nenhum programa de precaução”.

Em tom otimista, em pronunciamento na televisão, o chefe do governo português declarou que as condições econômicas do país estão mais estáveis e que Portugal está “no caminho certo para nunca mais passar por esta situação". Ele também reiterou que a “saída limpa” é a opção que “melhor defende os interesses de Portugal”.

Passos Coelho também ressaltou que a "estratégia de regresso aos mercados foi bem-sucedida", o que reflete a confiança dos investidores e, também, “a segurança e a confiança da União Europeia”. Ainda segundo o premiê português, Portugal "tem reservas financeiras para um ano que nos protegem [da incerteza externa]”. De acordo com o jornal Diário Econômico, o Estado português tem cerca de 15 bilhões de euros, o que faz com que o país possa passar um ano sem precisar ir ao mercado para fazer novas captações.

Quanto aos sacrifícios impostos aos portugueses durantes os três anos de medidas de austeridade, Passos Coelho declarou: “As famílias portuguesas sentiram duramente as consequências da crise, especialmente, desempregados, pensionistas, jovens, funcionários públicos". O premiê continuou: "Todos os portugueses sofreram os efeitos dolorosos de uma crise que podia e devia ter sido evitada", considerou.

 Em um comunicado, a diretora do FMI, Christine Lagarde, declarou que Portugal "está em uma boa posição para completar a consolidação das suas finanças públicas e para aprofundar as reformas estruturais".

 

 

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