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Futebol/justiça

Messi comparece em audiência sobre fraude fiscal

O atacante argentino Lionel Messi e seu pai, Jorge Horacio, foram convocados pela justiça espanhola para responderem por suspeitas de fraude fiscal de mais de 4 milhões de euros (R$ 12 milhões). Eles teriam sonegado à receita espanhola renda relativa aos direitos de imagem recebidos pelo jogador do Barcelona entre 2006 e 2009.

O jogador argentino Lionel Messi deixa tribunal onde compareceu por suspeita de fraude fiscal.
O jogador argentino Lionel Messi deixa tribunal onde compareceu por suspeita de fraude fiscal. REUTERS/Albert Gea
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A acusação contra os Messi causou surpresa na Espanha, país onde o jogador argentino tem uma imagem de pessoa humilde e atleta responsável. Messi chegou ao juizado de Gava (Barcelona) um pouco antes das 11 horas, sorridente e bem trajado, num carro branco, acompanhado do irmão Rodrigo e advogados, uma hora depois de seu pai, Jorge Horacio Messi, também acusado no mesmo caso.

O jogador argentino era esperado às portas do tribunal por dezenas de meios de comunicação e de torcedores que o receberam aos gritos de:  "Você é o melhor do mundo" e "Viva Messi". Nem Messi nem o pai fizeram declarações à saída do juizado.

De acordo com a acusação, a estratégia de sonegação do atacante argentino teria consistido em "simular cessão de direitos de imagem empresas off-shore em Belize e no Uruguai que fechavam contratos com sociedades em outros países, como Grã-Bretanha e Suíça, com a finalidade de ocultar que o beneficiário das transações financeiras era Lionel Messi.

Os delitos de que estão sendo acusados Messi e seu pai costumam ser punidos com prisão na Espanha, mas é improvável que eles sejam presos. Logo após a denúncia feita em junho, o jogador e seu pai pagaram rapidamente 10 milhões de euros por conta dos direitos de imagem de 2010 e 2011. Em agosto passado, a família Messi pagou à receita espanhola 5 milhões de euros em impostos atrasados e juros referentes aos anos 2006 a 2009.

Desde o começo, Jorge Messi defendeu o filho e o isentou de qualquer responsabilidade em relação às finanças alegando que Lionel Messi só se dedicou a jogar futebol, e que o sonegador, no caso, foi o sócio Rodolfo Schinocca, que era quem administrava os direitos de imagem do jogador. Schinocca por sua vez devolve a bola dizendo que ele deixou de trabalhar para a família Messi em 2006, ano em que teria começado a sonegação de impostos.

Por enquanto, os problemas com a justiça de Messi não afetaram seu desempenho no campo: o jogador já emplacou dez gols em sete jogos disputados recentemente. De acordo com a revista Forbes, Messi é o décimo atleta mais rico do mundo, com faturamento anual de 15 milhões de euros (cerca de 30 milhões de reais).
 

*Colaboração da correspondente da RFI em Barcelona Fina Iñiguez

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