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Catargate/Platini

Michel Platini é acusado de envolvimento no escândalo "Catargate"

Após as revelações do jornal britânico Sunday Times no último fim de semana sobre a existência de documentos que provam que o Catar teria pago propina para sediar a Copa do Mundo de 2022, um outro diário inglês faz novas acusações nesta terça-feira (3). O Daily Telegraph aponta que um dos ícones do futebol francês e atual presidente da União das Federações Européias de Futebol (Uefa), Michel Platini, estaria envolvido no escândalo.

Michel Platini classificou as revelações do Daily Telegraph como “sem fundamento” e com objetivo de sujar sua imagem.
Michel Platini classificou as revelações do Daily Telegraph como “sem fundamento” e com objetivo de sujar sua imagem. AFP PHOTO / KARIM JAAFAR
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Um novo elemento endossa o escândalo do pagamento de mais de € 5 milhões de propinas pelo ex-vice-presidente da Fifa, o catariano Mohamed bin Hamman, para personalidades influentes do futebol com o objetivo de eleger o Catar como sede do Mundial de futebol de 2022. De acordo com a edição de hoje do Daily Telegraph, Platini teria se encontrado secretamente em 2010 com Hamman, na época presidente da Confederação Asiática de Futebol.

Através de um comunicado, Platini classificou as informações como “sem fundamento” e com objetivo de sujar sua imagem. No entanto, ele reconhece ter encontrado o ex-vice-presidente da Fifa várias vezes, já que ambos integravam o Comitê Executivo da Fifa. Platini explica que neste encontro específico citado pelo jornal inglês, Hamman queria convencê-lo de disputar a presidência da Fifa.

“Não estou surpreso com a divulgação destes rumores sem fundamento que visam sujar minha imagem em um momento importante para o futuro do futebol. Mais nada me surpreende!”, escreve o presidente da Uefa, referindo-se à sua candidatura à liderança da Fifa, que deve ser apresentada pelo atual presidente da organização, Joseph Blatter, na próxima semana.

Apoio explícito

O ex-jogador francês nunca escondeu seu apoio explícito ao Catar para abrigar a Copa de 2022 e diz que o fez de forma independente. “É a prova total da minha transparência e que ninguém dita a minha conduta”, diz.

Platini também não nega ter participado de um jantar no Palácio do Eliseu, a convite do então presidente francês Nicolas Sarkozy, com a presença do emir do Catar, Sheikh Hamad bin Khalifa al-Thani, mas nega que isso o tenha pressionado. “Eu afirmo categoricamente que o ex-presidente Sarkozy não me pediu que eu votasse no Catar como sede do Mundial de 2022, nem antes, nem durante, nem após este encontro”, ratifica.

Joseph Blatter afirmou recentemente não se surpreender com esta reunião e reconheceu ter sido informado da realização da mesma “em toda a transparência”.

Nova eleição

O Sunday Times afirma ter tido acesso a e-mails, documentos e transferências bancárias que comprovam a manobra financeira de Hammam para garantir a eleição do Catar. As revelações do último fim de semana aumentaram a pressão para que a Fifa organize uma nova eleição para a sede da Copa do Mundo de 2022.

A Austrália, uma das candidatas derrotadas, classificou de "graves" as acusações de corrupção na polêmica escolha do Catar e disse estar pronta para se apresentar a um novo páreo. O governo e autoridades futebolísticas da Grã-Bretanha também defendem um novo voto, caso as suspeitas da imprensa britânica sejam confirmadas.

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