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Hungria/poluição

"Lama tóxica" atinge um braço secundário do Rio Danúbio

Autoridades da Hungria confirmaram nesta quinta-feira que a  "lama tóxica", formada por substâncias químicas altamente tóxicas e corrosivas, que escapou de uma fábrica de alumínio na segunda-feira atingiu um braço secundário do Rio Danúbio, o Mosoni-Danúbio.

Vazamento da "lama  tóxica" de uma indústria de alumínio na Hungria contamina o rio Danúbio.
Vazamento da "lama tóxica" de uma indústria de alumínio na Hungria contamina o rio Danúbio. Reuters
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O porta-voz da Agência húngara de luta contra catástrofes, Tibor Dobson, confirmou que a poluição atingiu o rio Raba na madrugada desta quinta-feira, às 5 e meia da manhã pelo horário local, e 4 horas mais tarde chegou ao Mosoni-Danúbio.

O Mosoni-danúbio se separa do leito principal do rio perto da fronteira com a Eslováquia e a Áustria e depois o reencontro mais tarde à leste. Antes, a “lama tóxica” já havia contaminado outro rio, o Marcal, provocando a morte de milhares de peixes.

Equipes reponsáveis pela limpeza se esforçam para reduzir a toxicidade da "lama tóxica", composta por resíduos muito corrosivos resultantes da refinagem de bauxita. O objetivo é limitar os danos ao meio ambiente.

Mortes

A  "lama tóxica" que escapou de uma fábrica de alumínio na cidade de Ajka,a 160 quilômetros de Budapeste. Quatro pessoas já morreram e 120 ficaram feridas por causa dessa catástrofe ambiental, a mais grave da história da Hungria.

As autoridades do país começaram nessa quarta-feira as operações para tentar restringir o vazamento do material.  Uma camada de lodo vermelho de dois centímetros de espessura, carregada de metais pesados, se espalha por 40 quilômetros quadrados, incluindo áreas cultiváveis. A zona agrícola atingida não poderá ser cultivada por pelo menos um ano.

Além do solo, os ambientalistas do Greenpeace também alertam para a contaminação do ar devido a possibilidade de inalação dos restos de pó que ficarem no fim do processo de secagem.  A lama contém grandes quantidades de silício, ferro, chumbo e outros metais. Ligeiramente radioativo, o material tóxico causou irritações oculares e queimaduras a 1.200 pessoas e cerca de 400 pessoas foram realojadas.

O avanço da contaminação preocupa também  os países vizinhos da Hungria já que o o rio Danúbio é o maior da Europa e percorre países como a Croácia, a Sérvia, a Bulgária, a Ucrânia, a Moldávia e a Romênia.

Autoridades romenas já começaram a monitorar a qualidade das águas do rio na parte que atravessa o seu território. A União Europeia, em um comunicado emitido nessa quarta-feira, afirma que está pronta para ajudar.
 

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