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França/imigração

França não vai receber imigrantes tunisianos, diz primeiro-ministro

O primeiro-ministro francês François Fillon reafirmou nesta quinta-feira, durante um encontro em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que o país não vai receber os imigrantes tunisianos que entrarem em território europeu pela ilha de Lampedusa, na Itália.

O primeiro-ministro francês, François Fillon (à esq.) e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso
O primeiro-ministro francês, François Fillon (à esq.) e o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso Reuters
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Segundo o premiê francês, "não existe nenhuma regra prevendo a livre circulação de imigrantes clandestinos por motivos econômicos", declarou. De acordo com Fillon, a França já realiza um esforço maior do que a Itália na concessão de asilos.

O país recebe 50 mil pedidos anuais, e a Itália, 10 mil. Segundo o primeiro-ministro, a França está disposta a ajudar as patrulhas do Mediterrâneo a bloquear em alto-mar as embarcações procedentes da Tunísia. Ele também criticou o sistema implantado pela Frontex, a agência europeia de fiscalização das fronteiras, de encaminhar os tunisianos interceptados em alto-mar para a ilha italiana.

Fillon defende que a Frontex deveria encaminhar os imigrantes diretamente para a Tunísia. O governo francês condiciona uma ajuda europeia ao país em troca de uma “boa cooperação com o governo tunisiano no retorno dos imigrantes clandestinos.” O presidente da Comissão Europeia concordou com Fillon. “Temos o direito de proteger nossas fronteiras, não podemos tolerar a imigração clandestina ilegal, precisamos lutar contra as redes criminosas."

José Manuel Durão Barroso esteve nesta terça-feira em Túnis para pedir ao governo tunisiano que facilite o retorno dos imigrantes clandestinos. Nas últimas semanas, cerca de 25 mil imigrantes tunisianos chegaram à costa italiana, um fluxo migratório que aumentou consideravelmente desde o início da crise política no mundo árabe, que teve início na Tunísia, com a Revolução do Jasmin.
 

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