Futuro premiê português promete mais austeridade econômica
O líder do Partido Social Democrata, de direita, Pedro Passos Coelho, prometeu ir além do plano de austeridade prometido à União Europeia e ao FMI. O objetivo foi tranquilizar os credores de Portugal, que recebeu um empréstimo de 78 bilhões de euros, em troca do programa draconiano de medidas para reduzir gastos. O PSD venceu as legislativas deste domingo.
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"Farei de tudo com o objetivo de garantir que Portugal não seja um peso para os países que nos emprestaram o que necessitávamos para assumir nossas responsabilidades e nossos compromissos", declarou Passos Coelho. Ele terá uma pesada tarefa pela frente: reduzir os salários, cortar o número de funcionários públicos e elevar os impostos.
O PSD venceu as eleições legislativas deste domingo, conquistando 38,7% dos votos. Os socialistas amargaram uma derrota histórica, com 28% dos votos. Pela primeira vez desde o advento da democracia em 1974, a direita portuguesa concentra todo o poder com um presidente, um governo e uma maioria parlamentar. Os eleitores puniram os socialistas por causa da crise econômica e do plano econômico draconiano a ser adotado em troca do empréstimo internacional.
O processo de sua nomeação como primeiro-ministro começará depois da publicação oficial dos resultados em 15 de junho. Mas o presidente Aníbal Cavaco Silva pediu a Passos Coelho que comece a trabalhar na formação do governo imediatamente. Uma vez no cargo, ele terá menos de um mês para preparar a primeira inspeção de representantes da UE, do FMI e do Banco Central Europeu (BCE) - prevista para o fim de julho.
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