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União Europeia/Imigração

Europa vai reforçar o controle de imigrantes nas fronteiras

Pressionada pela França, os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas adotaram nesta quinta-feira medidas mais restritivas para controlar o fluxo migratório para o continente. A medida mais polêmica é a possibilidade para um país que integra o espaço Schengen de livre circulação de pessoas de restabelecer o controle de suas fronteiras nacionais. 

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy apóia a reforma do espaço Schengen.
O Presidente francês, Nicolas Sarkozy apóia a reforma do espaço Schengen. Reuters
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A reforma foi proposta pela Comissão Europeia por causa da polêmica provocada pela recente chegada de milhares de imigrantes da Tunísia e da Líbia ao continente. Essa onda de imigração, impulsionada pelos movimentos de contestação nos países árabes, provocou tensão entre a Itália e a França.

O governo italiano concedeu visto provisório a 25 mil tunisianos que desembarcaram em seu território, mas tinham o objetivo de imigrar para a França, levando Paris a protestar junto à Comissão Europeia. O governo francês também está preocupado com a dificuldade da Grécia em controlar sua fronteira com a Turquia.

O restabelecimento da fiscalização nas fronteiras nacionais será excepcional e autorizado pela Comissão Europeia diante da dificuldade de um país de garantir o controle nas fronteiras da União Europeia. Até agora, os 25 países europeus que integram o espaço Schengen de livre circulação de pessoas poderiam restabelecer o controle de suas fronteiras apenas em caso de ameaças graves a segurança nacional.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, elogiou a reforma. Durante coletiva à imprensa, em Bruxelas, ele disse que o espaço Schengen corria o risco de desaparecer se nada fosse feito e que a reforma vai permitir “controlar a liberdade de circulação” no bloco. Já a comissária europeia para o Direito de Asilo e Migrações, Cecília Malmström, está preocupada com os riscos dessa reforma imposta, segundo ela, pelo aumento da popularidade de teses da extrema-direita e de partidos populistas na Europa.
 

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