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Grã-Bretanha/crise

Desemprego de 8,3% bate novo recorde e atinge mais os jovens britânicos

O número de jovens desempregados superou pela primeira vez a barra simbólica do 1 milhão na Grã-Bretanha e é a faixa da população economicamente mais atingida pelo cenário de recessão econômica do país, que segundo o governo, sofre as consequências da crise na zona do euro. Segundo os dados publicados nesta quarta-feira, o nível de desemprego atingiu 8,3% em setembro, batendo um novo recorde nos últimos 17 anos.

Segundo dados do governo britânico, mais de um milhão de jovens estão desempregados no país.
Segundo dados do governo britânico, mais de um milhão de jovens estão desempregados no país. REUTERS/Olivia Harris
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Os dados revelam que atualmente 2,62 milhões de britânicos estão à procura de um emprego e os jovens entre 16-24 anos são os que mais têm dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e representam 21,9% das estatísticas. De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês), o número de jovens desempregados é 1,02 milhão, um recorde desde a criação, em 1992, da agência responsável pela coleta de informações.

O cenário atual para o emprego na Grã-Bretanha é pior do que o previsto pelos analistas e reflete a dificuldade de o país em oferecer postos de trabalho em um contexto difícil para a economia. Nesta quarta-feira o Banco da Inglaterra reviu a previsão do crescimento econômico que deve ser em torno de 1% em 2011 e também em 2012.

O governo reagiu imediatamente atribuindo o aumento da taxa de desemprego ao impacto sofrido pela crise que atinge os 17 países que adotaram a moeda única europeia, o euro.“Os dados refeltem a que ponto nossa economia é efetada pela crise na zona do euro”, afirmou o secretário britânico para o emprego, Chris Grayling.

"Nosso parceiros europeus devem agir de maneira urgente”, acrescentou. As declarações reforçam as críticas já feitas pelo primeiro-ministro David Cameron e seu ministro das Finanças, George Osborne, que desagradaram os governos da França e da Alemanha.

Os especialistas lembraram que a atual crise de emprego na Grã-Bretanha começou bem antes das dficuldades enfrentadas pela zona do euro e estimam que o pior está por vir, diante da previsão de que até o final do ano que vem, a taxa de desemprego na Grã-Bretanha deve ultrapassar 3 milhões de pessoas.
 

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