Mais de três milhões participaram de greve em Portugal, diz sindicato
Confrontos entre manifestantes e policiais em frente ao Parlamento de Portugal, em Lisboa, e uma forte adesão dos trabalhadores marcaram o dia de greve geral nesta quinta-feira no país contra as medidas de austeridade do governo.
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Segundo os dois principais sindicatos de trabalhadores de Portugal, a greve geral desta quinta-feira no país mobilizou um público maior do que a paralisação do ano passado, que contou com três milhões de pessoas nas ruas. O movimento de ontem provocou a interrupção de serviços públicos, como transporte, escolas, bancos e hospitais, além do fechamento dos principais aeroportos, incluindo o da capital Lisboa, que teve centenas de voos cancelados pela TAP e por outras companhias aéreas.
Em um momento mais tenso, manifestantes derrubaram barreiras de segurança e tentaram invadir o Parlamento, mas foram impedidos pelas forças de ordem. Sete pessoas foram detidas e um policial ficou ligeiramente ferido. Manifestantes em Lisboa chegaram a atirar coquetéis Molotov nas portas de repartições públicas de finanças, mas não houve vítimas nem danos maiores.
Segundo o governo, o movimento grevista contou com a participação de 10% dos mais de 410 mil funcionários públicos.
Esta foi a sétima greve geral em Portugal desde o retorno à democracia em 1974. Os protestos são contra as medidas de austeridade propostas pelo governo em troca da ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional de 78 bilhões de euros. De acordo com estimativas oficiais, os cortes no orçamento devem provocar no ano que vem uma contração de 3% da economia portuguesa e uma taxa de desemprego recorde de 13,4%
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