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Grécia/ eleições

Líderes mundiais parabenizam Grécia por eleição de conservadores

Antes mesmo da divulgação dos resultados definitivos das eleições legislativas na Grécia, lideranças europeias e mundiais saudaram a vitória do conservador Antonis Samaras, do Partido Nova Democracia. Nacionalista e a favor da União Europeia, o vencedor prometeu manter o país na zona do euro.

Antonis Samaras comemora a vitória.
Antonis Samaras comemora a vitória. REUTERS/John Kolesidis
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"Convocamos todas as forças políticas que compartilham nosso objetivo de manter o país no euro a participar de um governo de união nacional", afirmou Samaras, que derrotou o radical de esquerda Alexis Tsipras, 37, contrário à austeridade.

O conservador era o favorito de todos os credores internacionais, após se apresentar como o fiador da permanência da Grécia na zona do euro, apesar de defender a renegociação do "memorando" do plano de ajuste acertado com os credores em troca de uma ajuda de 347 bilhões de euros. Pouco após a confirmação da vitória, por 29,9% dos votos e com 85% das urnas apuradas, Guido Westerwelle, ministro das Relações Exteriores da Alemanha – o menos tolerante em relação à Grécia - saudou o resultado e admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de rever os prazos de cumprimento das reformas estruturais exigidas dos gregos em troca do socorro financeiro. Coube à chanceler Angela Merkel parabenizar Samaras por telefone, e dizer-lhe que “agora parte do princípio de que a Grécia vai respeitar os seus compromissos europeus”.

Em um comunicado conjunto, os ministros das Finanças da zona do euro desejaram “a formação rápida de um novo governo grego, que coloque em prática o programa que a Grécia e a zona do euro se engajaram no início do ano”. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que “está pronto para conversar com o novo governo grego”, enquanto os presidentes da União Europa, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europea, José Manuel Barroso, prometeram ajudar Atenas. “Nós continuaremos apoiando a Grécia”, disseram, em um comunicado comum a partir de Los Cabos (México), onde estão reunidos para a Cúpula do G20.

Também o ministro francês da Economia, Pierre Moscovici, enviou uma mensagem positiva. “É preciso que os europeus acompanhem os gregos em direção ao crescimento. É preciso disciplina, mas também esperança”, declarou.

Samaras lutou contra a austeridade imposta pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca do primeiro socorro financeiro à Grécia, em maio de 2010, mas acabou cedendo em 2011, ao ver o fantasma do "default" (falência) se aproximar, e deu seu apoio ao governo dirigido por Lucas Papademos.

Alexis Tsipras, líder da esquerda radical, admitiu a derrota na noite deste domingo e rejeitou o apelo de seu adversário vencedor para formar um governo de união nacional. "Telefonei a Samaras para lhe cumprimentar, ele pode formar um governo", disse Tsipras, cujo partido chegou na segunda posição neste domingo, com 27,1% dos votos. "Vamos ficar na oposição e representar a maioria do povo contra o memorando" de rigor fiscal imposto por UE e FMI.
 

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