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Grécia/ Eleições

Vencedor das legislativas na Grécia quer "novo governo já"

Antonis Samaras, líder do partido conservador Nova Democracia, vencedor das eleições parlamentares deste domingo na Grécia, começa nesta segunda-feira as negociações oficiais para a formação de seu governo de coalizão. Essa aliança será necessária porque nenhum dos partidos obteve a maioria de 151 cadeiras na assembleia. Ele afirmou na manhã desta segunda-feira que um governo "de consenso nacional" deveria ser formado "imediatamente", após ter sido recebido pelo presidente da República grega, Carolos Papoulias.

O líder do partido Nova Democracia, Antonis Samars (centro) foi encarregado pelo presidente grego de formar um novo governo.
O líder do partido Nova Democracia, Antonis Samars (centro) foi encarregado pelo presidente grego de formar um novo governo. REUTERS/John Kolesidis
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Andrei Netto, colaboração especial para a RFI em Atenas

"O consenso nacional é um imperativo reclamado por todo mundo, é preciso resolver a questão (da formação de um governo) imediatamente", disse Samaras. O presidente Papoulias encarregou-o formalmente de formar um governo de coalizão num prazo de trpês dias. 

O líder da Nova Democracia também anunciou que tentará modificar o acordo sobre o plano de ajuda financeira à Grécia, que impôs ao país medidas de austeridade drásticas. 

Com 29,66% dos votos, a Nova Democracia elegeu 128 deputados, à frente da Coalizão de Esquerda Radical, Syriza, que reuniu 26,79% do eleitorado, formando uma bancada de 71 eleitos.

No próprio domingo, Samaras frisou em seu primeiro pronunciamento como provável primeiro-ministro que seu partido está aberto a negociações com todas as forças políticas do país. Minutos depois, Alexis Tsipras, líder do Syriza, descartou participar do "governo de salvação nacional". Ele será o líder da oposição no Parlamento.

Com a negativa do Syriza, restam três partidos para a aliança. O primeiro é o Partido Socialista, o Pasok, hoje no poder mas que reuniu apenas 12,28% dos votos, formando uma bancada de 33 deputados. Juntos, os dois partidos pró-austeridade teriam 161 votos na assembléia, 10 a mais do que o necessário para governar.

Mas ainda devem se juntar à coalizão a Esquerda Democrática, dissidente do Pasok, e o Gregos Independentes, dissidência do Nova Democracia. Se essa reunião se confirmar, Samaras contará com uma confortável maioria de 191 eleitos.

Na Europa, a repercussão dessa eleição é importante. Neste domingo, Bruxelas elogiou a escolha grega e já começa a falar em flexibilizar as medidas de austeridade e estimular o crescimento no país.

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