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União Europeia/ animais

UE proíbe testes em animais para cosméticos, mas reconhece dificuldades

Entrou nesta segunda-feira em vigor, na União Europeia, a proibição total do uso de animais para testes na fabricação de cosméticos comercializados na Europa. Entretanto, na falta de uma técnica substituta eficiente, a Comissão Europeia reconhece que não será possível aplicar a medida à risca, pelo menos por enquanto.

Desafio é aperfeiçoar as técnicas alternativas na fabricação de produtos, conforme Comissão Europeia.
Desafio é aperfeiçoar as técnicas alternativas na fabricação de produtos, conforme Comissão Europeia. Wikipédia
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“A busca por métodos de substituição à experiência com animais vai continuar, porque a troca total dos testes em animais por outros métodos ainda não é possível”, admitiu a Comissão Europeia, por comunicado, indicando a necessidade de intensificar as pesquisas.

Este setor recebe cerca de 238 milhões de euros em financiamentos entre 2007 e 2011, conforme o texto, divulgado na noite de segunda-feira. As experiências com animais para a produção de cosméticos são proibidas na União Europeia desde 2004 e, desde 2009, é vetada a comercialização de produtos que contenham ingredientes que tenham sido testados em animais.

As últimas autorizações excepcionais em vigor foram encerradas nesta segunda-feira. Também desde o dia 11 de março, qualquer produto cosmético que tenha utilizado este método na sua fabricação não pode mais ser comercializado na comunidade europeia.

“A União deve difundir o seu modelo e defendê-lo junto aos seus parceiros comerciais, mas também agir para que os métodos de substituição às experiências com animais sejam aceitas no mundo inteiro”, afirmou o comissário para a Saúde e os Consumidores, Tonio Borg. “A Comissão fará desta questão uma das prioridades da União Europeia, em termos de comercialização e cooperação internacional”, esclareceu.

Por comunicado, a organização não-governamental de defesa de animais Peta comemorou a decisão. “É um belo dia para os animais, para os consumidores, para ciência e para a indústria da beleza”, disse a ONG.

Já a maior fabricante do setor, a L’Oréal, declarou que já havia “antecipado a entrada da nova legislação” e prometeu que vai “se conformar à nova regulamentação”. “Já faz muitos anos que o grupo L’Oréal não faz mais nenhum teste em animais na Europa e não vende nenhum produto finalizado na Europa que tenha sido testado nos animais”, declarou a empresa.

 

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