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Rússia/ homossexuais

Parada Gay termina em confronto e prisões em São Petersburgo

Militantes contra e a favor da causa homossexual se enfrentaram hoje em São Petesburgo, na Rússia. Dezenas de pessoas foram presas pela polícia.

Casal homossexual é escoltado pela polícia para poder chegar a manifestação, atacada por militantes anti-gays.
Casal homossexual é escoltado pela polícia para poder chegar a manifestação, atacada por militantes anti-gays. REUTERS/Alexander Demianchuk
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Os militantes por direitos dos homossexuais organizava uma parada gay na cidade russa, mas um grupo de opositores tentou impedir a manifestação. O confronto acontece na mesma semana em que o Parlamento do país aprovou definitivamente uma lei para punir qualquer ato de “propaganda” homossexual diante de menores de idade.

O texto é criticado pelos defensores dos direitos humanos, que o julgam discriminatório. Cerca de 100 militantes gays se reuniram no Campo de Marte, no centro da antiga capital imperial, e manifestavam contra a homofobia, “vergonha de São Petesburgo”, e pediam o “fim do fascismo”. Foi quando cerca de 150 opositores dos homossexuais começaram a jogar pedras, garrafas e latas em conserva contra eles.

A polícia interveio e prendeu dezenas de manifestantes pró-homossexuais, e apenas oito dos contrários. “Cinquenta e quatro participantes da manifestação contra a homofobia foram detidos. Eles foram levados em ônibus da polícia, cujos vidros haviam sido quebrados pelos anti-gays”, relatou um líder da comunidade homossexual da cidade, Iuri Gavrikov, ele mesmo detido e depois solto.

A homofobia é frequente na Rússia, onde o homossexualismo era considerado crime até 1993 e doença mental até 1999. Diversos casos de mortes devido à homossexualidade foram registrados no país nos últimos anos.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Vtsiom, 88% dos russos apoiam a proibição da “propaganda homossexual”. O estudo também mostrou que 54% dos russos acham que é preciso punir o homossexualismo.
 

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