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Montenegro/ homossexuais

Opositores jogam pedras em primeira Parada Gay da capital de Montenegro

Centenas de pessoas hostilizaram hoje a primeira Parada Gay realizada na capital de Montenegro, jogando pedras na polícia e nos participantes. A manifestação de defesa dos direitos dos homossexuais aconteceu em Podgorica, principal cidade do país conservador, que negocia a entrada na União Europeia. Houve confrontos com a polícia.

Manifestação contou com centenas de participantes.
Manifestação contou com centenas de participantes. REUTERS/Stevo Vasiljevic
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Os contrários à realização do evento jogaram pedras e bombas caseiras contra os policiais que garantiam a segurança da marcha. Dezoito policiais ficaram feridos, um deles gravemente. Um forte aparato de segurança havia sido preparado para o evento.

Os agentes utilizaram gás lacrimogêneo e cacetetes para tentar conter os opositores. Dezenas foram detidos.

Já a Parada Gay ocorreu sem incidentes. Os participantes traziam bandeiras de arco-íris e faixas em que pediam “direitos iguais para todos”.

O governo de Montenegro, que negocia a adesão à União Europeia desde junho de 2012, apoiou a passeata, a primeira do gênero na cidade. O ministro dos Direitos Humanos e das Minorias, Suad Numanovic, estava presente na marcha.

“A partir de hoje, a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) não é mais invisível em Montenegro, e nós vamos continuar lutando por nossos direitos”, disse Danijel Kalezic, um dos organizadores do evento.

Apoio de vizinhos

Militantes da causa homossexual de países vizinhos, principalmente da Sérvia e da Croácia, se uniram à parada montenegrina. Em julho, confrontos entre opositores e a polícia já haviam ocorrido na primeira Parada Gay da história de Montenegro, na cidade costeira de Budva.

A comunidade homossexual leva uma vida discreta no país, de 650 mil habitantes, por medo de ser alvo de agressões e por não confiar na proteção das autoridades. De acordo com pesquisas, 70% dos habitantes consideram o homossexualismo uma doença.

 

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